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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

AS ESTREPOLIAS DO LUIZ ANTÔNIO DE MEDEIROS, AQUELE DA "FORÇA SINDICAL"

Gente! É corrupção que não tem mais fim. Nada se salva sob as garras dos governantes petistas.O que foi mesmo que a VEJA publicou em novembro sobre Medeiros? Como essa revista gosta de atrapalhar a vida de certos patriotas!!!
ÍNTIMOS - ex-secretário Luiz Antônio de Medeiros (à esq.)
sempre foi homem da confiança de Carlos Lupi
Os dois posts abaixo tratam de um flagrante asqueroso de extorsão envolvendo o ex-deputado Luiz Antônio de Medeiros, que foi secretário das Relações do Trabalho do governo Lula, na gestão do então ministro Carlos Lupi. Em novembro do ano passado, VEJA — como esta revista gosta de atrapalhar a vida dos patriotas, Deus meu! — publicou uma reportagem sobre cobrança de propina no Ministério do Trabalho. Protagonista: Medeiros! E olhem que o denunciante não era, assim, alguém que o petismo pudesse chamar “golpista”. Era um cutista. Releiam post publicado aqui no dia 26 de novembro.


*Sindicalista denuncia: turma de Lupi pediu R$ 1 milhão para aceitar registro de novo sindicato; outros foram achacados; esquema não se limita a ONGs
Pois é… A presidente Dilma Rousseff decidiu esconder Carlos Lupi debaixo do tapete, fazendo mau uso da vassoura. O previsto é que o homem fique ao menos até a reforma ministerial de janeiro. Raramente Brasília assistiu a um espetáculo tão patético como a sucessão de mentiras em que o ministro foi flagrado. Agora, as coisas se complicam um tantinho mais — para Lupi, claro!, mas também para Dilma e, ora vejam, para Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação não parte de um “inimigo do governo”. Ao contrário. Quem sustenta que a turma de Lupi cobra propina para reconhecer sindicato é um… sindicalista ligado ao PT! Acusação feita agora, só para tentar tomar o ministério do PDT? Pois é, não!
Isso que vocês vêem abaixo são fragmentos de um documento que o mecânico Irmar Silva Batista enviou à presidente Dilma Rousseff em fevereiro deste ano denunciado o achaque. Lula também foi advertido quando presidente.
denuncia-lupi-dilma
Leiam trecho da reportagem de Hugo Marques na VEJA desta semana.

(…)
Descobre-se agora que o governo foi advertido sobre as traficâncias no ministério muito antes de eclodir o primeiro escândalo. Há nove meses, sindicalistas ligados ao PT alertaram o Palácio do Planalto sobre a existência de um esquema de extorsão envolvendo assessores da confiança do ministro [Carlos Lupi]. Um esquema que tinha como vítimas não apenas as ONGs, como revelado por VEJA há um mês, mas também os sindicatos. Essa nova face da máquina clandestina operada pela cúpula do PDT funcionava de uma forma bem simples: no Ministério do Trabalho, registro sindical era concedido mediante o pagamento de propina. O mecânico Irmar Silva Batista foi uma das vítimas dessa engrenagem. No papel, ele conseguiu criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado de São Paulo (Sirvesp). Irmar garante ter apresentado toda a documentação necessária para transformar o sindicato em realidade. Depois de registrar o CNPJ na Receita Federal, bateu à porta do ministério para concluir o processo.
Foi justamente aí que esbarrou em dificuldades. Ele descobriu que o processo de registro estava à margem da lei. Para ter prosseguimento, precisava ser acompanhado do pagamento de pedágio. Em 2008, Irmar foi tratar do assunto com o então secretário de Relações do Trabalho do ministério, Luiz Antonio de Medeiros, um dos fundadores da Força Sindical, entidade intimamente ligada ao PDT. Antes que a conversa ganhasse corpo, Medeiros o levou à sala do assessor Eudes Carneiro. O Medeiros disse o seguinte: ‘Irmar, o que o Eudes acertar está acertado’.”
Era o prenúncio do achaque. O mecânico conta que estranhou o comportamento de Eudes. “Ele pediu que a gente desligasse os celulares.” Era a iminência do achaque. Em seguida, ele pediu 1 milhão de reais para liberar o registro do sindicato.”
(…)
Leia a íntegra na reportagem da revista impressa. VEJA traz também uma entrevista com Irmar, de que reproduzo um trecho:
(…)
O senhor fala em esquema, o que sugere que seu caso não foi o único.
Vários sindicatos foram extorquidos, mas o pessoal tem medo de aparecer. Há outros sindicatos que também foram vítimas disso, que aceitaram pagar propina.
O senhor denunciou a mais alguém a corrupção no ministério?
Na época eu mandei carta para o presidente Lula. Mandei agora para a presidente Dilma, mandei para a Advocacia-Geral da União. Avisei o governo em fevereiro. Falei para todos que um dia a casa ia cair no ministério.
(…)
A justificativa do agora deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) para ter deixado em paz o então deputado Luiz Antônio de Medeiros é ridícula (ver post anterior). Segundo ele, Medeiros estava apenas fingindo aceitar a propina para ver até onde Law Kin Chong poderia ir.
Ainda que isso fosse verdade, seria uma aberração! Não caberia a um deputado, que preside uma CPI, induzir terceiros a crime. De todo modo, quem acredita nisso? Sem contar que Medeiros tem um currículo, de que trato no post seguinte.
Vocês têm estômago forte? Estão preparados para ver algo asqueroso, nojento mesmo? Abaixo, segue um post publicado pelo jornalista Fábio Pannunzzio no Blog do Pannunzzio.  Assistiremos ao ex-deputado Luiz Antônio de Medeiros, ex-secretário das Relações de Trabalho do governo Lula,  extorquindo, de maneira inequívoca, o contrabandista Law Kin Chong.
Importante: lembram-se de um certo delegado chamado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PCdoB-SP? Ele investigou esse caso, teve acesso a essa fita, mas transformou o extorquido, Law Kin Chong, em corruptor ativo. E manteve intocado Luiz Antônio de Medeiros, que praticava a extorsão. Chong é um santo? Ora, a pergunta só pode ser brincadeira. O ponto não é esse. Ocorre que Medeiros presidia justamente a CPI que deveria investigá-lo. Em vez de se dedicar a combater as safadezas, cobrou benefícios para livrar a cara do outro. Vejam o filme. Em seguida, o texto de Pannunzzio. Volto para encerrar.

(O vídeo foi desativado. Por que?)

Escreve Pannunzzio:O vídeo acima deve ser visto com reserva. Foi produzido pelos advogados do empresário Law Kin Chong, apresentado ao País como o maior contrabandista brasileiro há oito anos. Ele é dono de vários “shoppings populares” em São Paulo – inclusive do maior deles, a Galeria Pajé. Os imóveis que Law aluga ou subloca são utilizados para a venda de muamba eletrônica no varejo. Law diz que apenas administra os imóveis, que não tem nada a ver com a distribuição do contrabando. Mas já foi condenado e preso por descaminho e evasão de divisas.
A importância dessas imagens é dada justamente pelo fato de que elas jamais foram reveladas integralmente. Elas fazem parte do inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar os crimes imputados ao comerciante sino-brasileiro e deram causa à prisão de Law Kin Chong por supostamente tentar subornar Luiz Antônio Medeiros em 2007. Naquele ano a Câmara Federal havia criado e instalado a CPI da Pirataria, presidida por Medeiros.
As cenas agora publicadas ampliam o que já se sabia do caso – e mostram como o delegado que conduzia a investigação, o agora deputado Protógenes Queiroz, se utilizou de provas que poderiam ter colocado Medeiros na cadeia para prender a vítima de extorsão praticada pelo parlamentar.
Assim que o contrabandista caiu nas malhas da Comissão Parlamentar de inquérito, três emissários do deputado começaram a assediá-lo com ofertas pornográficas para que ele saísse impune do processo. Um dos assessores de Medeiros chegou a criticar o chefe, que estaria pedindo pouco dinheiro para livrar a cara de Law – 500 ou 600 mil reais apenas, contra uma estimativa do restante da quadrilha de assessores de que a armação poderia render pelo menos R$ 3 milhões.
Esses assessores provocaram uma reunião entre Medeiros e Law num hotel em Araraquara, no interior de São Paulo. O vídeo que publico agora revela o que ocorreu na conversa. Dele, a única parte conhecida pela opinião pública (por meio de vazamentos seletivos para uma rede de televisão chamada a participar da coleta da prova) era o trecho em que Law pede a Medeiros que divida o suborno em quatro ou cinco prestações.
O material foi gravado por uma equipe da Polícia Federal, que o utilizou como prova de que o contrabandista havia tentando atrapalhar os trabalhos da CPI e livrar-se de ser citado no relatório final. Mas o que se vê é um afoito Medeiros regateando o valor e as condições do pagamento do suborno de R$ 1,5 milhão. Pelo que se pode depreender da cena, é o deputado quem pede dinheiro ao contrabandista, e não o contrário.
O Blog teve acesso à íntegra das gravações e vai publicá-las assim que for possível fazer a transcodificação do material, que é extenso e demandaria dias de upload para serviços como o Youtube. Ela não tem outro valor a não ser repor elementos de uma verdade histórica que ficou sepultada pelo lixo processual produzido ao final da CPI da Pirataria, transformada em instrumento de chantagem contra os que pretendeu investigar.
Luiz Antônio Medeiros já viveu seu ocaso político. A esperteza do parlamentar, no passado celebrado como o criador do neopeleguismo conhecido como “sindicalismo de resultado”, lhe valeu o banimento da vida pública pela vontade do eleitor.
Faltava ainda discutir o papel que coube ao delegado. Até hoje não está claro por que Protógenes Queiroz preferiu transformar uma vítima de extorsão em corruptor ativo sem molestar o verdadeiro criminoso – o deputado que o extorquia.
Voltei...

Como se vê, Protógenes — o preferido de Paulo Henrique Amorim e dos “blogs sujos” em geral (eles próprios se chamam assim, cheios de orgulho) — está convicto de que pode atuar, vamos dizer, nos dois polos dos processos criminais. Já foi pescado em conversas com a turma de Cachoeira — e não para fazer reportagens, claro! Como a gente vê, à diferença dos jornalistas, ele não é do tipo que torna público tudo o que apura… No entanto, está na CPI, posando de grande moralista.
Agora, vem a público este escândalo. Como é que tendo em mãos o que vai acima, Protógenes teve o desplante de livrar a cara de Medeiros? O que o terá convencido a agir desse modo? Daqui a pouco este senhor escreve lá em seu blog, naquela língua que lembra o português às vezes, que tudo não passa de uma conspiração da “mídia golpista” contra ele…
O que tem Protógenes a dizer sobre a eloquência incontestável desse vídeo? Nada! O “ínclito” Protógenes, como o chama o não menos “ínclito” Paulo Henrique Amorim, está combatendo a “mídia golpista”…
Vocês sabem onde essa gente toda deveria estar, não? Na cadeia!


Autor: Reinaldo Azevedo
Fonte: VEJA - Notícias
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