TRADUZIR

sábado, 23 de maio de 2020

SÃO JOÃO PAULO II - PODERIA NÃO TER NASCIDO


Médicos mandaram mãe de São João Paulo II abortá-lo


Você sabia que Karol Wojtyła, o Papa São João Paulo II, quase foi abortado pelo conselho de um médico? Vamos contar esta incrível história que mostrou a imensa fé de uma família.
Em uma entrevista realizada pela ACI Stampa, a autora Milena Kindziuk, escritora do livro “Emilia y Karol Wojtyla”, pais de São João Paulo II, conta este incrível relato  que mostra mostra a fé dos pais do santo.

A notícia da gravidez de Emilia Wojtyła

Quando ficou grávida de Karol, em meados do ano 1919, Emilia Wojtyła tinha um filho chamado Edmund, de três anos, e já havia perdido uma filha, falecida pouco depois do nascimento.
Segundo a autora, Emilia “era plenamente consciente da ameaça para sua vida e a do seu filho, especialmente quando o diagnóstico veio da boca do obstetra mais reconhecido de Wadowice (povoado da Polônia onde morava). Logo, precisou escolher entre a própria vida ou a do bebê que carregava, mas sua profunda fé não permitiu que Emilia optasse pelo aborto”.
“Emilia e Karol (pai) se amavam muito, eram um casal muito unido, então para eles era um grande dilema. Sabiam que a recusa ao aborto representava uma séria ameaça para a vida de Emilia. Como pais, deram-se conta que Edmund ainda era pequeno e precisava de sua mãe. Por outro lado, para Emilia e Karol, que levavam a sério a sua fé, matar um bebê ainda não nascido era inaceitável”. Assim explica Milena Kindziuk a dramática decisão dos pais de Karol Wojtyla, o Papa São João Paulo II

A importância da fé na família

Inspirados por sua profunda fé, “tomaram a corajosa decisão de que, independentemente de tudo, o bebê iria nascer. E então começaram a procurar outro médico”.
O novo médico “não sugeriu um aborto. Além disso, aceitou seguir a gravidez da mulher. Impôs apenas uma condição: se comprometeu a tomar tais riscos a pedido expresso de ambos os esposos e sob a responsabilidade deles”, conta a autora.
Segundo relata Milena Kindziuk, Emilia teve uma gravidez difícil: passou a maior parte do tempo deitada e tinha menos força que o habitual. Mas Karol, seu marido, cuidou muito de sua esposa, voltava para casa imediatamente após o trabalho para estar com ela e ajudá-la.

E finalmente nasceu! (e a Virgem deixou sua marca)

Enquanto acontecia o parto, uma vez que naquela época não era comum que os homens presenciassem, Karol pai e seu filho Edmund se dirigiram à igreja paroquial e cantaram Ladainhas à Virgem Maria.
“Sabemos por mensagens que Emilia pediu à parteira que abrisse a janela, pois queria que o primeiro som que seu filho escutasse fosse uma canção em honra a Maria”, menciona a escritora.
Emilia Wojtyla deu a luz a seu filho escutando a canção da Ladainha de Loreto. O bebê nasceu excepcionalmente grande e forte. Era um menino saudável que chorava em alta voz, como se quisesse se juntar ao canto das pessoas na igreja.
Este pequeno se tornaria não apenas um Papa, mas um grande santo!

São João Paulo II, rogai por todos os bebês nos ventres!

FONTE - CHURCH POP

sexta-feira, 15 de maio de 2020

ESCÂNDALO: DIRIGENTES DA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM PERNAMBUCO

UM VERDADEIRO ESCÂNDALO: OS SALÁRIOS DOS DIRIGENTES DA ASSEMBLEIA DE DEUS. NO BRASIL? NÃO. SOMENTE EM PERNAMBUCO!

Os dirigentes da IEAD afirmam que se trata de falsificação.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

COMO GANHAR INDULGÊNCIA PLENÁRIA PARA SI OU PARA OUTREM NESTE PANDEMIA

Como receber Indulgência Plenária durante a epidemia do coronavírus segundo o Vaticano
Fonte: churchPop

A Penitenciária Apostólica do Vaticano anunciou uma oportunidade de receber indulgência plenária durante a atual pandemia do coronavírus.
De acordo com o decreto, “o dom das indulgências especiais é concedido aos fiéis que sofrem da doença Covid-19, popularmente conhecida como Coronavírus, bem como aos profissionais de saúde, familiares e todos aqueles que, de alguma forma, inclusive através da oração, cuidam deles”.

Uma indulgência plenária retira todos os castigos temporais causados pelo pecado, mas para que ela seja completamente eficaz, é necessário ter “um espírito desapegado de qualquer pecado”.

Fiéis que se qualificam para uma indulgência plenária durante a pandemia do coronavírus:

– Aqueles que sofrem da doença Covid-19
– Aqueles obrigados a ficar em quarentena por causa do vírus
– Profissionais de saúde, familiares e outras pessoas que cuidam dos pacientes com coronavírus (expondo a si próprios ao contágio)

Fazer pelo menos uma das ações a seguir:

– Unir-se espiritualmente através da internet/TV à celebração da Santa Missa
– Recitar o Rosário
– Prática piedosa da Via Sacra (ou outras formas de devoção)
– Recitar o Credo, o Pai Nosso e “uma invocação piedosa à Bem-aventurada Virgem Maria, oferecendo esta provação num espírito de fé em Deus e caridade para com seus irmãos e irmãs”.

Também deve-se realizar todas as seguintes ações o mais rápido possível (consideradas as três condições normais para uma indulgência plenária):

– Confissão sacramental
– Comunhão eucarística
– Oração pelas intenções do Papa

Os fiéis que não sofrem do coronavírus podem:

“Implorar ao Deus Todo-Poderoso pelo fim da epidemia, alívio para aqueles que estão aflitos e a salvação eterna para aqueles a quem o Senhor chamou por Si.”

Além das condições gerais mencionadas acima para uma indulgência plenária, faça pelo menos uma das opções:

– Visite o Santíssimo Sacramento ou vá à adoração eucarística
– Leia as Sagradas Escrituras por pelo menos meia hora
– Recite o Santo Rosário
– Faça um exercício piedoso da Via Sacra
– Recite o Terço da Divina Misericórdia

Indulgência plenária para aqueles que não podem receber a Unção dos Enfermos:

O decreto acrescenta que “a Igreja ora por aqueles que se encontram incapazes de receber o Sacramento da Unção dos Enfermos e o Viático, confiando cada um à Divina Misericórdia em virtude da comunhão dos santos e concedendo aos fiéis uma Indulgência Plenária no momento da morte, desde que estejam devidamente dispostos e tenham recitado algumas orações durante a vida (neste caso, a Igreja dispensa as três condições usuais exigidas). Para receber essa indulgência, recomenda-se o uso do crucifixo ou da cruz”.

Rezemos por todos aqueles que sofrem com o coronavírus no mundo!

"CORRE" GENERAIS COLOCAM FIM NOS DESMANDOS DO STF

"CORRE" GENERAIS COLOCAM FIM NOS DESMANDOS DO STF, POLÍCIA. FEDERAL EM BRASÍLIA AGORA

segunda-feira, 4 de maio de 2020

DEUS ENVIARÁ O AVISO - APARIÇÕES EM GARABANDAL - ESPANHA

QUANDO TODAS AS COISAS PIORAREM DEUS ENVIARÁ O AVISO

EM BREVE GARABANDAL SERÁ FOCO DAS ATENÇÕES MUNDIAIS - ANÁLISE SOBRE O COMEÇO DO TEMPO PREDITO POR MARIA
Garabandal aviso milagre
Era isto que as meninas visionárias em Garabandal sempre repetiam: “Quando todas as coisas piorarem no mundo, Deus enviará, o AVISO sem anúncio…e em até doze meses após esta “portentosa advertência”, com oito dias de antecedência, Conchita anunciará a data do GRANDE MILAGRE que Jesus fará “em Los Pinos” de Garabandal, o “maior de Jesus sobre a terra”.
Inclusive em muitas entrevistas posteriores em anos mais tarde, as videntes nunca mudaram uma só palavra, centralizando na parte em que “tudo ficará no seu pior”. E o que estamos vendo no mundo de hoje? É simplesmente o pleno cumprimento de tudo que a Santíssima Virgem predisse em meio as montanhas da Cantábria.
Os abortos são aprovados e legalizados em muitos países, o comunismo reaparece no cenário mundial (até aqui em nosso país de forma velada), mostrando mundo afora suas garras funestas, que se concentram em destruir a estrutura familiar, os jovens, a educação, aumento da corrupção, crises financeiras, criando um clima de insegurança que ataca por todos os lados.

A perseguição aos cristãos também está aumentando violentamente e já virou um genocídio, fato que a grande mídia não divulga completamente. Dentro da própria Igreja não são poucos os cismáticos que apoiam estes ideais comunistas e colocam o Papa sob pressão constante.
Enfim, como disse Nossa Senhora em Garabandal: “A taça está a transbordar…” Traduzindo, a “justiça divina” cobrará o seu preço, pois Deus ama Seu povo e provou isto na Santa Cruz até a última gota do Seu Preciosíssimo Sangue e ainda envia a Mãe do Céu para advertir seus “queridos filhos e filhas”.

Mas infelizmente a esmagadora maioria da humanidade caiu nas armadilhas do comunismo e da nova ordem mundial e optou virar as costas para Deus e viver como se Ele não existisse. Sabemos pelos detalhamentos de Nossa Mãe em Garabandal, que a “viagem de um Papa a Moscou” será a parte final do tempo do Pré Aviso e que “confrontos começariam a eclodir na Europa…”.

Atualmente, tudo leva a crer que o Sínodo das Famílias que terminou em outubro deste ano (2015) nos Estados Unidos abriu o “tempo do Pré Aviso”, conforme explicou a Virgem para Conchita e isto nos revelou sua antiga amiga e ex diretora do colégio (Madre Nieves Garcia) em Pamplona onde estudou após os “primeiros anos das aparições”. Também o próprio Jesus em locução disse para Conchita que Ele fará o “Grande Milagre” (no bosque dos Pinheiros em Garabandal), afirmando para ela que é o “maior sobre a terra após Sua ressurreição” e que terá a intenção de “converter o mundo inteiro” e salientou: “Também será para converter a Rússia, assim todos adorarão Nossos Divinos Corações…”. É tempo de oração e penitência, voltar-se para Deus enquanto podemos, porque adentramos momentos decisivos para o futuro da humanidade. Também precisamos difundir a magnitude do conteúdo escondido de Garabandal, pois os tempos chegaram. Mas Conchita aconselha a não ficarmos “gastando energias em descobrir quando será o Aviso e a data do Milagre”, mas “empregar estas energias em viver as mensagens de conversão…”.

O Aviso não será um julgamento, mas será uma fortíssima advertência jamais feita por Deus, tendo dois efeitos: um físico – cósmico e outro interior – espiritual. Conchita conta que viu como “duas estrelas colidindo-se”, causando uma “imensa luminosidade” e logo após “as pessoas sentirão todos os seus pecados e o mal que estes causam a Deus e a si próprios”.

A Virgem lhe disse que “ninguém estará livre do Aviso, que todas as pessoas o sentirão por alguns minutos”, independente de religião ou até se for ateu…Deus virá em nosso socorro! Assim, como o sr. Glenn Hudson * eu também penso como ele, isto é, que o Papa Francisco é o pontífice do “Aviso e do Milagre”. Após a morte do Papa João XXIII, Conchita falou: “Foi Nossa Senhora que me disse. Na realidade, disse que faltavam quatro Papas, mas que Ela não tinha em conta um deles (era o do papado curto João Paulo I)…e que depois iniciaria o fim dos tempos, não o fim do mundo…”. Isto quer dizer, discernindo, que é o fim de um período e o início de um outro, período que adentramos com o Papa Francisco: “tempo do Pré Aviso”. Obviamente que não podemos afirmar com total certeza, porque bem me disse o espanhol sr. José Luis San Roman (apóstolo de Garabandal há 50 anos) que “as profecias formam um terreno escorregadio”; também ressaltou um ponto importante o outro grande apóstolo de Garabandal, o argentino sr. Santiago Lanus, que “Deus sempre testa nossa fé nas profecias”. Também em Garabandal, o chamado por Conchita de “pequeno milagre”, mas que na realidade foi um grandioso milagre, o da “hóstia visível em sua língua” após a recepção pelo Arcanjo São Miguel. Não se cumpriu exatamente como predito: primeiro, porque não sabiam as meninas como seria o “tão pedido milagre” que as mesmas insistiam com a Virgem, a fim de provar que não mentiam e nem estavam lunáticas.

E segundo, porque foi marcado pela Virgem para o dia 18 de Julho 1962, mas se realizou com uma hora e meia de “atraso”, denotando aqui um “teste para fé de muitos presentes”, pelo menos para os mais fervorosos, pois os curiosos já haviam, na sua maioria ido embora e mal dizendo as meninas. * O nosso irmão e amigo sr. Glenn Hudson é responsável do Apostolado de Garabandal nos Estados Unidos, o mais antigo apostolado mundial e o único que uma das videntes pediu para criar – pedido de Conchita ao sr. Joey Lomangino. Trabalhou com o sr. Joey mais de vinte anos e desde 1996 mantem com Conchita Gonzalez uma relação de estreita ligação, inclusive fazendo parte do seu Grupo de Oração Hora Santa, em Long Island nos Estados Unidos.

Garabandal pinhos
Fotos: Los Pinos (os Pinheiros) acima da colina em Garabandal e peregrinos atualmente diante do chamado “Pino de Maria”. Neste local Jesus fará Seu maior MILAGRE sobre a terra e todos os presentes enfermos ficarão curados e todos os descrentes se converterão. Como foi explicado, Conchita anunciará a data 8 dias antes em até 12 meses após a realização do AVISO.
Nosso grupo no Facebook, curta e fique atualizado.

 https://www.facebook.com/consagratenews

sábado, 2 de maio de 2020

"SE NÃO FOSSE CATÓLICO, NESSE MOMENTO TER-ME-IA CONVERTIDO"

Um testemunho do Milagre do Sol: “Se não fosse católico, nesse momento ter-me-ia convertido”.

Bernardo Motta reuniu em livro cerca de centena e meia de testemunhos do Milagre do Sol. O livro sai no último dia das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima. Leia aqui um dos depoimentos.
Por Observador, 12 de outubro de 2017 –
Há 100 anos, a 13 de outubro de 1917, dezenas de milhares de pessoas assistiram, à hora prevista, ao chamado “Milagre do Sol” — um sinal pedido a Nossa Senhora por irmã Lúcia, três meses antes, para que todos acreditassem nas aparições de Fátima. Bernardo Motta recolheu cerca de centena e meia de depoimentos de testemunhas oculares, que transcreveu e reuniu num livro. O Milagre do Sol segundo testemunhas oculares chega às livrarias esta sexta-feira — o dia em que se encerram as celebrações do Centenário das Aparições de Fátima.
O Observador pré-publica um desses depoimentos: o de Luís António Vieira de Magalhães e Vasconcelos.
«Depoimento que faz pela sua honra e pela sua fé de cristão, Luís António Vieira de Magalhães e Vasconcelos, solteiro, advogado e oficial do registo civil no concelho de Vila Nova de Ourém, sobre os factos ocorridos nas proximidades do lugar da Fátima, deste concelho, no ano de 1917. Já há meses corriam variadas versões de que a Virgem Nossa Senhora aparecia nas proximidades do lugar da Fátima a umas pequenas pastoras. Eu tinha conhecimento dessas versões e sabia que era grande a afluência de gente de várias categorias sociais ao local indicado pelas referidas pastoras, principalmente nos dias 13 de cada mês, pois eram os dias em que estas diziam que se davam as aparições. Tais boatos começaram a interessar-me e por esse motivo pretendi então informar-me do que se passava. Falando com algumas pessoas que lá tinham estado no dia treze de setembro, umas declararam-me que nada tinham visto, outras que tinham visto uma estrela, outras faziam descrições fantásticas. Tão pouca uniformidade havia nos seus depoimentos que me convenci de que se tratava de uma “blague” sem o menor fundamento. Esta minha convicção mais se avigorou, quando dias depois falei com um venerando sacerdote deste concelho, que me disse ter sabido casualmente que as pequenas pastoras tinham em casa um livro onde se descreviam os milagres de Nossa Senhora de Lourdes e da Virgem de La Salette. Este venerando Sacerdote mostrava-se pouco inclinado a acreditar na sinceridade das revelações feitas pelas pequenas.
Escrupulosamente, conservava-se na expectativa, alheio a tudo, como alheio a tudo se tem conservado e conserva o clero deste concelho. Pela minha parte pensei então que a imaginação das crianças podia deixar antever toda a possibilidade de uma visão irreal, meramente subjetiva. Podia também tratar-se de uma mistificação de intuitos espetaculosos ou lucrativos e por isso entendi que era dever não me fazer eco desses boatos que visavam um assunto tão grave e tão melindroso. Com o insucesso só a Nossa Religião poderia perder.
Por isso, quando se falava no caso, de aí em diante, mostrei sempre mais descrença do que expectativa. Foi nestas disposições de espírito que eu, no dia 13 de Outubro, próximo passado, pela primeira vez me dirigi para o local das aparições. Era curioso; não era um romeiro. Na véspera e antevéspera desse dia, e mesmo durante a noite, eu vi uma enorme multidão atravessar esta vila em direção à Fátima. De longes terras vinham ranchos de camponeses, na sua maior parte descalços, que cheios de fé e devoção atravessavam esta terra, entoando cânticos religiosos como o “Bendito” e o “Queremos Deus”. Alguns com quem falei já vinham de catorze léguas de distância, mortos de fome e de fadiga, mas mostravam-se esperançados e contentes. Estes eram por certo os romeiros. Veículos de toda a espécie, desde a carroça desconjuntada até à “limusine” perfumada, atravessavam também a terra numa fila interminável. Estes últimos eram talvez na sua maior parte os curiosos, os “mirones”. Tive informações de que nas estradas de Torres Novas e de Leiria a concorrência foi igual. Como atrás deixei dito, no dia 13 parti para o local das aparições, logo de manhã, às oito horas, aproximadamente. Acompanhavam-me meus irmãos António e Fernando. Logo à saída daqui, a chuva começou caindo copiosamente, tornando as estradas num contínuo lamaçal. O vento soprava rijo, principalmente nas alturas da serra da Fátima. Pelas estradas continuava ainda enorme concorrência. Passamos ao lugar da Fátima e seguimos pela estrada que liga este lugar com a vila da Batalha. A chuva continuava caindo torrencialmente. À distância de um quilómetro, aproximadamente, vimos uma multidão de muitos milhares de pessoas que de preferência se aglomerava nos outeiros. Seriam trinta mil pessoas, seriam cinquenta mil? Ninguém o poderia dizer ao certo. Parámos. Centenas de carros e automóveis, pejavam por completo a estrada enlameada. No fundo do vale, por entre a multidão, consegui divisar uns toscos postes de madeira clara que se assemelhavam a um trapézio, os quais eram encimados por uma pequena cruz, segundo depois observei de mais perto. A chuva era agora menos intensa.\

O sol continuava escondido entre grossas nuvens pardacentas. Em volta do trapézio a que me referi, aglomerava-se um numeroso grupo. Era o local indicado pelas pastoras, no qual se concentravam todas as atenções. A paisagem naquele ponto é agreste e nada tem de interessante. Montes na maior parte cobertos de pedra e urze. Alguns carvalhos e azinheiras de pequeno porte alternam com um pinhal escasso que fica para os lados do nascente. Aqui e além, baixas paredes de pedra solta, quase desmoronadas, afirmam alguma estrema. Encontrei nessa ocasião, bastantes pessoas das minhas relações tanto de Lisboa como de vários pontos afastados daqui. Quase todas perguntavam a minha opinião, talvez com particular interesse, por saberem que vivia nesta região. A todas respondi, sorrindo incredulamente, que tudo era uma “blague”. “Que como católico, me não repugnava acreditar na possibilidade de um milagre mas que por isso mesmo que era católico, é que não acreditava, enquanto esse milagre se não operasse por uma forma evidente, inconfundível. Que o próprio clero do concelho duvidava também, segundo me constava”. Entre outras pessoas, lembro-me que disse isso à esposa do Snr. Emílio Infante da Câmara, de Vale de Figueira e a seus filhos Emílio e José, ao Dr. Gualdim de Queirós, de Cernache de Bonjardim, ao Snr. José Rino de Alcobaça e a sua esposa, a Senhora Dona Capitolina Guimarães Rino. Tentei aproximar-se do ponto onde estavam as pastoras que era junto do trapézio a que me referi anteriormente, a uns duzentos metros da estrada, mas não o consegui, tão compacto era o círculo de gente que se formava em volta delas. Assim não as consegui ver nem ouvir nessa ocasião; percebi apenas que oravam.
Voltei para cima, para a estrada, e aproximei-me do Snr. José Rino e de sua esposa que estavam junto da sua “limusine” conversando com várias pessoas. Foi então que estes meus bons amigos que desde criança me conhecem pediram a minha opinião que lhes manifestei pela forma que anteriormente expus.
Mostraram-se quase indignados e disseram-me “que para eles não restava a menor dúvida de que se tratava de um milagre, pois que eles já anteriormente, no dia 13 de Setembro último, ali tinham estado e tinham presenciado no sol extraordinários fenômenos luminosos, precisamente à hora indicada pelas pastorinhas; que o clero não estava bem informado e que, se eu duvidava, que esperasse”. Como insistir seria inconveniência, calei-me, mas fiquei absolutamente convencido de que nada veria. Recordei então, como já por várias vezes tinha recordado aquele princípio de Gustave Le Bon que se resume à corrente hipnótica que a domina. Era preciso precaver-me, não me deixar influenciar. Esse meu amigo, tirando o relógio disse-me: faltam cinco minutos, à uma hora olhe para o sol, foi a hora anunciada pelas pastorinhas, depois me dirá. Isto surpreendeu-me pois que para onde eu tencionava olhar e para onde eu julgava que todos olhariam era para o local onde se encontravam as pastoras. Constava-me que elas tinham afirmado que nesse dia se daria uma coisa que depois disso ninguém poderia duvidar. O céu nesse momento estava duma cor plúmbea. A chuva tinha parado. O sol não se via, encoberto pelas nuvens, e ninguém diria que ele tornaria mais a aparecer nesse dia tão chuvoso e tão desabrido. À uma hora em ponto, ouço um grande clamor. Esses meus amigos gritam-me: olhe, olhe, mas eu a princípio apenas via nuvens correndo ligeiras deixarem o sol a descoberto. De repente vejo uma orla intensamente cor-de-rosa, circundar o sol que se assemelhava a um disco de prata fosca, como já alguém disse, ao mesmo tempo que me dava a impressão de que este se deslocava da sua primitiva posição. Nuvens diáfanas, vaporosas, um tanto roxas, um tanto alaranjadas, perpassavam. Em vários pontos da linha do horizonte, contrastando com a cor plúmbea do céu, eu vi também manchas cor-de-rosa e amarelas. O clamor cada vez era maior. Isto não durou segundos: durou talvez minutos. Ao observar estas manifestações, que não duvidei um momento fossem devidas à Infinita Omnipotência de Deus, uma indescritível impressão se apoderou de mim.
Sei apenas que gritei, creio, creio, creio, e que as lágrimas caíam dos meus olhos, maravilhado, extasiado, perante essa demonstração do Poder Divino. Sei também que não senti a menor sombra de receio ou terror. Se não fosse católico, nesse momento ter-me-ia convertido. Lembro-me também que não ajoelhei mas a maior parte das pessoas caíram de joelhos sem se importarem com o enorme lamaçal. Então estes fenómenos escapam à previsão da ciência e não escapam à previsão de umas pequenas pastorinhas da serra, que os anunciam com uma precisão verdadeiramente matemática?!… Demais, sendo eles tão deslumbrantes, tão maravilhosos?!
Fui procurar meus irmãos que me disseram ter presenciado o mesmo, assim como as restantes pessoas que encontrei, variando um tanto as descrições do que observaram no sol. Às pessoas a quem tinha classificado o caso de “blague” disse-lhes o que vira e que estava agora absolutamente convencido de que estávamos em face de um milagre. O astro-rei brilhava agora intensamente e não mais deixou de brilhar nesse dia, assim como não tornou a chover. Quase no momento da partida encontrei o meu amigo Emílio Infante da Câmara que me disse ter ido ver as pastoras e que estas tinham dito: que a guerra acabaria brevemente, ou que acabaria de ali a oito dias (não posso precisar). Disse-me também que elas estavam vestidas com “toiletes” de primeira Comunhão. Começava a debandada. Regressamos a casa.
Algumas semanas depois voltei ao local das aparições para entrevistar as pastoras. Desejava conhecer essas crianças. Acompanharam-me minha mãe, a Baronesa de Alvaiázere, minha irmã, Maria Celeste, e o meu particular amigo Conde do Juncal, e sua Ex.ma Mulher, que então eram nossos hóspedes. Junto da Igreja da Fátima paramos e pedimos que nos dissessem onde se encontravam as pastorinhas. Disseram-nos que deviam estar no local das aparições e que o Pastorinho que as acompanhava e a quem a Virgem também aparecia que estava ali próximo e que o iam chamar. Pouco depois apareceu este.
Era uma criança de dez a doze anos, trajando à moda do campo, bastante alegre e despreocupado, ao que parecia. Convidamos o pequeno a acompanhar-nos ao que ele se prontificou logo, saltando sorridente para o automóvel que nos conduzia. Fizemos-lhe várias perguntas mas ele sorria mais do que falava, mostrando-se muito deslumbrado com as várias peças do automóvel. Junto do local, em frente de uma mesa de madeira bastante velha, onde estava colocado um Crucifixo, várias pessoas oravam. Lá estava o tronco da azinheira cortada e os tais postes de madeira dos quais pendiam duas lanternas de lata. Ajoelhamos e rezamos também. A pequena Lúcia, aquela a quem a Virgem aparecia, conversava a certa distância com alguns forasteiros. Esperamos que estes a deixassem e aproximamo-nos dela. Esta era uma criança dos seus doze anos, de feições grosseiras e de cor muito macilenta. Estava vestida pobremente, à moda do campo, tendo ao peito uma pequena flor de papel vermelho e nas mãos um pequeno cofre, onde tilintavam algumas moedas. Tinham um ar tristonho e sombrio. Narrou-nos a aparição da Virgem da forma que já é de todos conhecida. Que a Virgem lhe dissera “que nós tínhamos ofendido muito a Deus e que nos emendássemos”. “Que fizéssemos ali uma capelinha e que lhe pusessem o nome da Senhora do Rosário”. “Que a guerra acabaria em breve”. Perguntando-lhe minha irmã o que vira ela no sol na ocasião do milagre, respondeu “que vira S. José”. Perguntei-lhe também se ela não tinha receado que se não desse o milagre pois que o povo a poderia matar julgando que ela estivesse enganando todos, disse-me com certa energia “que sabia que o milagre se daria e que por isso nem em tal perigo tinha pensado”. Disse-nos também que já tinha anteriormente ouvido contar os milagres da Senhora de Lourdes. Uma mulher que dizia ser tia dela auxiliava-a algumas vezes nas respostas e fazia várias considerações sobre um segredo que elas tinham e que a ninguém o revelavam embora já lhes tivessem feito vários prometimentos sedutores e até as tivessem ameaçado de que as deitariam a um poço ou de que as queimariam se elas o não revelassem.
Disseram-nos ainda que as esmolas que recebiam eram para a construção de uma capela e que dessas esmolas era depositária outra mulher que ali se encontrava. Informaram-nos também ali que a pequena se encontrava fatigadíssima com a constante série de perguntas que toda a gente lhe fazia. A referida pequena, umas vezes me parecia concentrada, outras vezes me parecia distraída. Devo declarar que a impressão que me deixou não foi boa, ou foi pelo menos muito diferente da que eu esperava. Uma criança cheia de lógica, de coerência e de perspicácia seria também de recear. Se apesar dessas aparências estava ali uma criatura escolhida por Deus para uma tão assombrosa revelação, não posso eu dizê-lo. No regresso, paramos novamente junto da Igreja da Fátima; ali conseguimos falar à outra pequena, cujo nome não me recorda. Subiu ao estribo do automóvel que nos conduzia mas não conseguimos arrancar-lhe uma palavra por mais diligências que empregamos para esse fim. Tinha esta aspeto muito jovial e uns olhos expressivos. Devia ter sete ou oito anos de idade. Do que venho expondo concluo duas coisas que pelos menos aparentemente brigam uma com a outra. A primeira: se Deus não quisesse mostrar a todos os que foram ao local das aparições, que eram exatas as revelações feitas pelas referidas pastoras, teria a Sua Infinita Omnipotência impedindo que se dessem essas deslumbrantes manifestações tão extraordinárias no Sol e no Céu, as quais toda a gente que estava nesse local, observou no dia 13 de Outubro, próximo passado, e que foram anunciadas pelas mesmas pastoras, e só por estas, com grande antecedência e com uma precisão da hora e local absolutamente matemáticas. A segunda: tendo as mesmas pastoras declarado que a Virgem Nossa Senhora lhes dissera que a guerra acabaria brevemente e sendo certo que esta ainda não acabou, teremos de concluir que as pastoras faltam à verdade, pois a Virgem é que por certo se não enganava, nem tal é admissível. Que se referiam à guerra europeia, não há dúvida pois que, segundo ouvi dizer, as referidas pastoras ainda acrescentaram que os nossos soldados em breve regressariam à pátria, mas não poderá o advérbio brevemente ser tomado numa acepção mais lata e não poderá assim referir-se a um período de tempo maior dos que os três meses que aproximadamente já decorreram? Não podia haver qualquer equívoco por parte das mesmas crianças na interpretação das Expressões Divinas? Que o digam aqueles que têm de proferir o seu “veredictum” sobre este assunto gravíssimo, porque se assim fôr, por completo desapareceram todas as contradições para só ficar de pé em todo o seu esplendor a minha primeira conclusão, isto é, a de que as pastorinhas falam verdade e se estas falam verdade não pode haver dúvidas de que foi um milagre o que se deu no dia 13 de Outubro próximo passado, nas proximidades do lugar da Fátima. Não cabem nos moldes deste depoimento quaisquer considerações científicas ou filosóficas e por isso me limitei a narrar circunstanciadamente o que vi e observei, com toda a exatidão e com toda a imparcialidade, desapaixonadamente, o que mais uma vez juro pela minha fé de cristão e afirmo pela minha honra.
Vila Nova de Ourém aos trinta de Dezembro de mil novecentos e dezassete.
Luís António Vieira de Magalhães e Vasconcelos

Compartilhar

 
  •  

    ROLE O BANNER E CLIQUE NO ASSUNTO DESEJADO

    >
    > >