Verídica história de coragem e amor de uma mãe |
Diga não ao aborto |
Num mundo onde o infanticídio e o aborto extingue milhões de vidas, você irá se emocionar com a história de uma catadora de 88 anos que regatou do lixo mais de 30 bebês abandonados e adotou boa parte deles.
Na cidade de Jinhua, na área rural da província de Zhejiang na China, uma mulher de 88 anos de idade estava à beira da morte com problemas de coração e rins, foi considerada uma heroína. O motivo: Lou Xiaoying resgatou ao longo de 40 anos mais de 30 bebês abandonados nos lixos da cidade.
Ela passou décadas de sua vida sobrevivendo e criando sua família a partir da coleta e revenda de material reciclado dos lixos ao redor de Jinhua. Ela contou como tudo começou:
“Em 1972, enquanto eu coletava recicláveis, encontrei um bebê abandonado em meio ao lixo. A menina teria morrido ali se eu não a trouxesse para casa. Enquanto ela crescia e nos dava tanta alegria, eu descobri que realmente amava cuidar de crianças. Decidimos então que se tínhamos forças suficientes para reciclar lixo, também poderíamos reciclar algo de maior valor: vidas humanas. Essas crianças somente precisavam de amor e cuidado. Elas são preciosas vidas humanas. Eu não entendo como as pessoas podem simplesmente deixar uma vida tão indefesa como a de um bebê nas ruas”.
Lou e seu marido, Li Zin, falecido em 1995, com apenas uma filha biológica, Zhang Caiying, mantiveram 4 dos bebês encontrados no início. Após muitos anos e mesmo após o falecimento do marido, aos 82 anos de idade, ela encontrou o caçula e quinto bebê, Zhang Qilin, enrolado dentro de uma lata de lixo. As outras crianças foram passadas para familiares e amigos que ela tinha certeza que cuidariam bem das mesmas.
Lou explicou sobre o último bebê:
“Eu sei que estava ficando velha, mas não poderia simplesmente ignorar aquele bebê na lata do lixo. Ele era tão doce e precisava de cuidados. Eu precisava levá-lo comigo. Eu o trouxe a minha casa que era bem pequena e modesta, e cuidei dele. Hoje ele é um garotinho saudável e feliz. Meus filhos maiores me ajudam a cuidar de Zhang Qilin. Ele é muito precioso para nós e seu nome significa raro e precioso”.
Uma das garotas encontradas e adotadas por Lou, Zhang Juju já na faixa dos 35 anos de idade, disse que sua mãe resgatou mais de 30 bebês do lixo e, apesar de terem uma vida extremamente pobre, nunca nada lhes faltou e a mãe foi capaz de providenciar a ela e aos irmãos adotados a melhor vida que lhe era possível. Na época que encontrou o garotinho, a mãe, com 82 anos e doente, ainda saía para coletar recicláveis para sustentar a família e conseguiu com que a maioria terminasse pelo menos o ensino médio.
Em 2012, aos 88 anos de idade, pouco antes de falecer, já perdendo a habilidade de falar e se mover, Lou dizia que seu sonho era que o filho caçula de 7 anos, Qilin, pudesse ir à escola.
Quando a história de heroísmo e amor de Lou ficou conhecida na China, muitos eventos foram iniciados para levantar recursos para pagar suas despesas de hospital e ajudar o pequeno Qilin a estudar. Em sua comunidade, Lou é respeitada e lembrada por seu trabalho incansável ao cuidar dos bebês que encontrava, alguns deles prematuros.
A lei chinesa sobre ter somente um filho
Na China, milhares de bebês são abandonados nas ruas e nos lixos por suas famílias extremamente pobres.
A lei chinesa, estabelecida em 1978 para o controle da população e da pobreza nas áreas ao redor das grandes metrópoles, restringe a somente um filho por casal casado, e aqueles que quebram a lei precisam pagar uma multa como infração, além de perderem benefícios essenciais para manutenção familiar. Aqueles que obedecem a lei são recompensados com um certificado e favorecimentos financeiros até que aquela criança tenha 14 anos de idade.
A lei tem algumas exceções, incluindo os residentes de Hong Kong e Macau e os visitantes estrangeiros morando no país.
Em algumas áreas rurais, são permitidos aos casais ter um segundo filho se o primeiro for uma menina, mas muitos casais acabam tendo outra menina como segundo bebê e acabam abandonando-as na tentativa de ter um menino. A preferência por meninos perante a lei no país é explicada da seguinte forma: um homem um dia cuidará dos pais idosos, enquanto a mulher será absorvida pela família do marido. As estatísticas na China mostram que para cada 100 homens que nascem, nascem 120 mulheres, então a preferência por homens.
Ironicamente, é ilegal matar recém-nascidos no país, mas o infanticídio de meninas é suspeito e também é possível que milhares de meninas não sejam documentadas, por medo das sanções governamentais.
Uma pesquisa realizada em 2008 indicou que esta lei é apoiada por 76% da população.
É calculado também que esta lei tenha exterminado através do aborto ou o assassinato do recém-nascido mais de 400 milhões de vidas naquele país desde que entrou em vigência.
Lou Xiaoying e a lei
O que Lou fez perante a lei chinesa também é ilegal. Mas isso não a amedrontou. Mesmo contra todas as dificuldades e sem chances de requerer qualquer subsídio financeiro do governo, ela manteve 5 das crianças abandonadas que criou com bastante sacrifício, outros foram criados por familiares e amigos, e 14 outros foram adotados por outras famílias e conseguiram benefícios decentes na educação. A grande maioria já possui sua própria família e são gratos pela coragem e amor da melhor mãe que poderiam ter.
Abrace seu filho ou filha mais forte hoje. Eles só precisam do seu amor e cuidado.
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