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quarta-feira, 30 de março de 2016

PORQUE OS PAÍSES PROTESTANTES TÊM GRANDE NÚMERO DE ATEUS

Mazelas intelectuais nascidas do Protestantismo – o Ateísmo

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Quais países possuem os maiores índices de cidadãos ateus ou sem religião? Sem contar os países dominados por ditaduras comunistas, no topo da lista figuram Suécia, Dinamarca, Noruega, República Tcheca, Finlândia, Islandia, Alemanha e Inglaterra. O que motiva tanta descrença? A resposta está naquilo que todos esses países têm em comum: foram palco da primeira expansão da Reforma Protestante. Bingo!
O protestantismo é um primeiro e irreversível passo rumo ao ateísmo. Os países que primeiro foram engolidos pelo luteranismo e pelo calvinismo (e, no caso da Inglaterra, pelo Anglicanismo) são aqueles que, hoje, rejeitam os valores cristãos. Liberam antes de todos os demais países as drogas, equiparam uniões gay ao matrimônio, permitem a eutanásia e o aborto e possuem baixíssima natalidade.
A promoção do ateísmo pelo protestantismo foi intencional? Certamente que não. Mas foi uma consequência inevitável do esvaziamento da doutrina cristã ao bel prazer de cada teólogo e “paxtô” protestante. Dessa desgraça, só pode resultar relativismo e descrença. Disso Lutero deu um eloquente testemunho, com seu desespero e suicídio.
O ATEÍSMO EM TODAS AS SUAS FORMAS
Sempre, em todas as épocas e partes do mundo, existiram ateus. Mas o protestantismo, meio sem querer, incentivou e é, com certeza, o pai do ateísmo ocidental moderno, como ideologia, quaisquer que seja a forma que esse assuma. Como? Simples. Sola fide e Sola Scriptura (para entender o que é Sola Fide, clique aqui, e para entender a Sola Scripturaclique aqui).
Veja, imaginem que eu sou um crente e creio que a minha fé e a interpretação que eu faço ou que eu aceito que seja a correta das Sagradas Escrituras são suficientes para eu receber a Graça de compartilhar o convívio dos eleitos. Eu não tenho uma Sã Doutrina a me guiar, como os católicos têm. Daí, basta algo não dar certo na minha vida para ter minha fé abalada. Se algo ocorre no mundo que não condiz com minha interpretação das Escrituras, basta para eu considerá-las como um livro de fábulas. Isso é uma simplificação, meus amigos, que para os mais eruditos parecerá muito bruta, mas em linhas gerais é o que ocorre.
Some-se a isso à doutrina de predestinação de Calvino, que diz que a salvação ou condenação de uma pessoa já é predefinida por Deus desde o nascimento, e que só podemos diferenciar o salvo do condenado pela sua prosperidade material. Tá bem de grana? Glória a Deus, esse é abençoado. É duro, lascado? Tá no colo do capiroto.
Então, o sujeito pensa: “Por que prestar adoração a um Deus que já me condenou? Se sou pobre e miserável vivo – e o serei ainda mais morto – por que devo me importar com o Evangelho?”. O passo seguinte é o lascado rejeitar esse Deus e procurar outra forma de garantir-se nessa vida. Dane-se o pós-vida, que por ser tão injusto, é mais provável que não passe de uma farsa.
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O RELATIVISMO
O protestantismo se baseia na alegação de que a Igreja de Roma se corrompeu a partir do momento em que recebeu a proteção política do Imperador Constantino. A Reforma Protestante teria, então, resgatado a pureza e os princípios do cristianismo primitivo, rejeitando todo o “paganismo” adicionado por Roma. Ok… Só falta essa gente explicar como é possível se dizerem continuadores da Igreja primitiva e, ao mesmo  tempo, cagar e andar solenemente para os escritos dos Padres primitivos, que afirmam solenemente a autoridade superior do Bispo de Roma sobre as demais igrejas (saiba mais aqui).
Até aqui, para os mais atentos, dá pra ver que a própria existência do protestantismo é um exercício hercúleo de relativização, de subversão da realidade. Outro grande mal que nos atinge tem sua origem óbvia nos alicerces do protestantismo: o relativismo cultural. O relativismo é a maior fábrica de idiotas do pensamento moderno.
Cito aqui o que disse sobre o tema o Professor Olavo de Carvalho:
Se há um esforço inútil, embora inevitável, é o de contestar o relativismo. É inevitável porque objeções relativistas são fáceis de aprender, fáceis de repetir e acessíveis gratuitamente a qualquer bobão interessado em debater o que ignora. Não importa o que você diga, elas começarão a saltar por todo lado como sapinhos histéricos, e você não terá remédio senão sair caçando uma a uma ou admitir que teria sido melhor ficar quieto desde o início.”
“O Império da Vontade”. Jornal do Brasil, 5 de janeiro de 2006
O relativismo é apenas uma combinação automática de juízos de acordo com o bel-prazer de quem os formula, sem que para isso seja preciso observar o ambiente ao redor. Em outras palavras: as coisas são como eu quero e pronto. Se você discorda de mim é feio, bobo com cara de melão. A máxima dos relativistas é: “Não existe verdade absoluta!”. Não mesmo, pascácio? Então me explica essa mesma afirmação imbecil.
Um relativista é um espírito preso em sua própria mente, já que por conta de seus juízos auto-impostos, a realidade para de fazer sentido a ponto de, quando supomos para ele que ela exista, ele fica ofendidinho.
Sobre o relativismo, certamente o maior teórico da Igreja sobre este tema é Bento XVI. Na denúncia a essa aberração filosófica, o Papa Francisco segue os passos de seu antecessor, dizendo:
“Todavia nem sempre se revela fácil esta tarefa de nos apropriarmos da nossa identidade e de a exprimirmos, pois, uma vez que somos pecadores, sempre nos sentiremos tentados pelo espírito do mundo, que se manifesta de variados modos. Queria assinalar aqui três. O primeiro deles é o deslumbramento enganador do relativismo, que obscurece o esplendor da verdade e, abalando a terra sob os nossos pés, impele-nos para areias movediças: as areias movediças da confusão e do desespero. É uma tentação que, no mundo actual, atinge também as comunidades cristãs, levando as pessoas a esquecerem-se de que, ‘subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre.”
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O KANTISMO 
Tem um pouco a ver com o tópico anterior. Veja um templo protestante. Paredes vazias, apenas um púlpito, sem nada ritualístico ou místico. AQUELA COISA É UMA SALA DE AULA. O protestante procura ligar-se ao criador pela razão direta.
Comecemos com Immanuel Kant. Nascido numa família luterana, teve uma educação austera numa escola pietista, que frequentou graças à intervenção de um pastor. Kant acreditava em Deus e foi um crente devoto por toda a sua vida.
A obra do filósofo escocês David Hume o impressionou e abalou muito, fazendo-o entrar em silêncio de 10 anos, após os quais escreveu sua obra mais conhecida “Crítica da Razão Pura”. Levando a termos a ideia protestante de entender o transcendente pela razão, e em vista da incapacidade humana de compreender em sua integridade a realidade, Kant criou, meio sem querer, um mundo esquizofrênico. Veja o que diz o professor Olavo a respeito:
“Foi ele [Kant] o primeiro que, negando a nossa capacidade de conhecer a realidade como tal, atribuiu ao mesmo tempo à inteligência humana o poder de inventar um mundo válido. Com isto ele substituiu involuntariamente, à legítima pretensão de conhecer, uma ambição ilimitada de poder.”
“O Pai da Porcaria”. Jornal da Tarde, março de 2008
Portanto, é graças a um filósofo luterano que a inteligência ocidental é mutilada. É infectada e bloqueada pela ideia de que e o ser humano nada pode conhecer com certeza, a não ser que seja algo provado cientificamente. É um entendimento de razão como algo que fecha e limita a um fator único, e não como algo que nos abre à realidade, buscando entendê-la de acordo com a totalidade de seus fatores.
A Paz de Deus esteja sempre convosco e até a próxima.
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