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segunda-feira, 14 de maio de 2012

FILME "LUTERO" - 12. PREGAÇÃO DE TETZEL: SOMBRIA E DOENTIA



Fiel à sua proposta de demonizar tudo que é contra Lutero, o filme apresenta o pregador Dominicano João Tetzel como um psicopata.

Tetzel chega a botar a mão no fogo – literalmente! – para convencer os fiéis de sua doutrina apocalíptica! E para denegrir o dominicano, inimigo número um do rebelde, os produtores de Lutero usaram até uma falsa lenda, atribuindo a Tetzel uma frase terrível e inverídica: “(…) o filme atribui o rumor escandaloso, aludido por Lutero, de que Tetzel afirmava que absolveria com sua indulgência mesmo aquele que (per impossibile) violasse a mãe de Deus,apesar de Tetzel negar isso de forma indignada e ter testemunhas oculares para respaldar essa declaração.” (Greydanus)



Já tivemos a chance de mostrar como Lutero era "honesto" na divulgação de acusações contra a Igreja Católica... Além do mais, o filme nem trata da disputa epistolar que travaram Lutero e Tetzel, e nem como os estudantes de Wittemberg queimaram a última defesa feita pelo dominicano, deixando  
claro então que os argumentos não mais importavam, pois o fanatismo luterano já havia se instalado na Alemanha. Curioso também mostrar que o expediente difamatório que Lutero e todos os hereges usam contra a Igreja não é novo. O próprio Lutero nos legou o relato dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta: “(...) os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, IRC: 200) [*] Confissão preciosa! Muito preciosa!

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[*] - Weimar, III, 45. Cfr. IV, 363. Eis a este repeito alguns juízos dos contemporâneos do reformador. O luterano JERÔNIMO PAPPUS: Lutero "em caluniar não tem igual". ERASMO: "Revelarei a todos que mestre insigne és em falsificar, exagerar, maldizer a caluniar. Mas já toda a gente o sabe... Na sua astúcia saber torcer a própria retidão, desde que o teu interesse o requeira. Conhecer a arte de mudar o branco em preto e de fazer das trevas luz". FRANCISCO ARNOLDI, de um escrito do heresiarca: "há nele tantas mentiras, quantas palavras". JOÃO DIETEMBERGER: "É o mais mentiroso de quantos homens vivem debaixo dos céus". E ainda: "Não é um homem que erra, é o espírito maligno, espírito para o qual nenhum mentira, nenhum falsidade, nenhuma impostura é demasiada". JORGE, duque da Saxônia: "Até aqui não nos havia ensinado a Sagrada Escritura que Cristo houvesse escolhido para o apostolado e a pregação do seu Evangelho, mentiroso tão de profissão e tão impudente". Cfr. estes e muitos outros testemunhos coevos, assim protestantes como católicos, apud GRISAR, Luther, II, 452, e ss.



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