"Depois que o deputado Luiz Moura (PT-SP) foi flagrado na reunião com o pessoal do PCC, nunca mais se queimou ônibus em SP".
Pode até ser coincidência, mas as autoridades estão com a “orelha em pé”.
SUSPENSO DEPOIS DA REPORTAGEM DE VEJA. |
Segundo a imprensa, no dia 17 de março, no auge dos incêndios a ônibus em São Paulo, a 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro estourou uma reunião na sede da Cooperativa Transcooper, em Itaquera, na Zona Leste, em que membros do PCC planejavam as ações criminosas. Sabem quem estava presente ao encontro? Ninguém menos do que o deputado estadual PETISTA Luiz Moura (PT-SP), que estaria lá na condição de “convidado”.
Para quem não conhece o nobre deputado, aqui vai um resumo da sua vida pregressa. Depois de ser condenado a 12 anos no Paraná e em Santa Catarina por roubo, ter cumprido menos de dois anos da pena, por ter fugido e em seguida, reabilitado pela justiça. Moura tornou-se líder dos perueiros da cidade e, usando da esperteza que parece ser-lhe peculiar, filiou-se ao PT, foi ajudado pelo núcleo duro do partido e da condição de marginal reabilitado, conseguiu se eleger a deputado estadual por SP.
Sobre a reunião da qual participou e foi flagrado com suspeitos de integrar o PCC, Moura afirmou que nem sequer foi averiguado, não foi conduzido à delegacia e mesmo presente, não sabia que no grupo existia pessoas da facção criminosa.
Em 2004 “o artista”, apresentou uma declaração de Imposto de Renda (referente ao ano de 2003) na qual afirmava que, em todo o ano anterior, tivera rendimentos que somaram R$ 15,8 mil. Ou seja, uma média de R$ 1,3 mil mensais. Em 2010, contudo, quando se apresentou pela primeira vez como candidato, Luiz Moura, em sua declaração de bens, apresentou um patrimônio de R$ 5,1 milhões, dos quais R$ 4 milhões em cotas de uma empresa de ônibus, cinco postos de gasolina, quatro casas e um ônibus.
Depois da reportagem da Revista VEJA sobre as suas peripécias e depois de ser suspenso por sessenta dias pelo Partido dos Trabalhadores, o deputado em conversa com seus pares deu o tom do que deve ser seu pronunciamento sobre o caso.
Moura afirmou que, por ser ligado ao setor de transportes, costumeiramente participa de reuniões em garagens de vans e ônibus, mas negou qualquer envolvimento com o PCC e disse que não tem como pedir um relatório de antecedentes criminais das pessoas com quem se reúne. Ele declarou que não saberia identificar qualquer integrante da facção criminosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário