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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

COISAS BEM ANTIGAS; "NA SERRA DA MANTIQUEIRA", "BOOGIE WOOGIE..."

Vestido de Chita

Quem se lembrar dessas coisas bem antigas, por favor, escreva para nós. Alguém já ouviu aquela marchinha da "QUINTA COLUNA"?; a marcha do BARRIGUDO? E a canção do ZÉ GAZELA?

Quem se lembra desta música:

PASSARINHO PRISIONEIRO? E A SUA MELODIA?

LINDA, LINDA!

Composição de "Nhô Belarmino" e "Nha Gabriela"

Num galho seco vi pousar um passarinho
Aos seus filhinhos vem cantar uma canção
Um vagabundo que andava sempre em festa

Corre depressa vem armar um alçapão
O passarinho descuidado vem baixando 
Para pegar aquele alpiste que é seu pão
E vem descendo tão alegre, tão contente

Mas, de repente, solta um grito na prisão
E o vagabundo solta então uma gargalhada
Apaixonada, sem ter perdão
E o pobre passarinho prisioneiro
No seu puleiro nunca mais torna a cantar
Quando amanhece ele fica tão aflito
Ouvindo os gritos dos seus filhos muito além 
Quer sair mas as paredes lhe seguram 
Oh! Que amargura para um coração de mãe
Vai se batendo na gaiola como um louco
E pouco a pouco vai ficando depenado

Quebra as asas, deixa o peito em ferida
Quase sem vida cai no chão ensanguentado
Quase sem vida ainda diz o passarinho
Vem assassino dos meus filhos me soltar
Que Deus lhe deu por casa a floresta
Que sempre em festa eu tive o céu para voar
Adeus filhinhos da minha vida pouco resta
Adeus floresta onde aprendi a cantar

Aquele monstro que roubou minha alegria
Talvez um dia ele não torne a gargalhar
E o vagabundo corre então a abrir a porta
Mas ela morta, não pôde voar
E o pobre passarinho prisioneiro
No seu puleiro nunca mais torna a cantar

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Agora ouça a melodia:






CASA DE CABOCLO

Você tá vendo essa casinha simplesinha 
Toda branca de sapê 
Diz que ela véve no abandono não tem dono 
E se tem ninguém não vê 
Uma roseira cobre a banda da varanda 
E num pé de cambucá 
Quando o dia se alevanta Virge Santa 
Fica assim de sabiá 
Deixa falá toda essa gente maldizente 
Bem que tem um moradô 
Sabe quem mora dentro dela Zé Gazela 
O maió dos cantadô 
Quando Gazela viu siá Rita tão bonita 
Pôs a mão no coração 
Ela pegou não disse nada deu risada 
Pondo os oinho no chão 
E se casaram, mas um dia, que agonia 
Quando em casa ele voltou 
Zé Gazela via siá Rita muito aflita 
Tava lá Mané Sinhô 
Tem duas cruz entrelaçada bem na estrada 
Escrevero por detrás: 
“Numa casa de caboclo um é pouco 
Dois é bom, três é demais”







Quem se lembra desta canção? Minha mãe a cantava e eu conheço sua melodia. Quem será seu autor?

IGREJINHA

Lá no fim desse caminho
De manhã muito cedinho
Eu costumo passear

Pois ali pertinho existe
Uma igrejinha branca e triste
Onde meu bem vai rezar

Mas num jardinzinho ao lado
Surge um beija-flor dourado
Despetalando uma flor

Choro então com agonia
Pois essa flor que morria
Parecia meu amor

Noites tristes, mas que importa,
Se minha alma quase morta
Em soluços se desfaz?

Hoje é tudo tão tristonho
Para mim que já não sonho
Nem desejo viver mais…



CASINHA PEQUENINHA


Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu?
Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu?
Tinha um coqueiro do lado
Que coitado de saudade
Já morreu!
Tinha um coqueiro do lado
Que coitado de saudade
Já morreu!



Tu não te lembras das juras e perjuras
Que fizeste com fervor?
Tu não te lembras das juras e perjuras
Que fizeste com fervor?
Daquele beijo demorado, prolongado
Que selou
O nosso amor?
Daquele beijo demorado, prolongado
Que selouO nosso amor?




Na Serra da Mantiqueira 
Gastão Formenti
Compositor: Ari Kerner
PlayPLAYLetra

Na Serra da Mantiqueira
Sob a fronde da mangueira
Que ela em moça viu plantar,
Sentadinha no seu banco,
Lá na encosta do barranco,
Mãe Maria vai sonhar.

Dos amores do passado
Só lhe resta um filho amado
Que lhe dá felicidade.
Ele é todo o seu encanto,
Sua vida, o fruto santo
Da longínqua mocidade.

E nas nuvens que, correndo,
Vão no céu aparecendo
Pra no ocaso descansar,
Ela vê os belos dias
De venturas e alegria
Que não mais hão de voltar.

Eis, porém, que veio a guerra
Abalando toda a serra
Com o rugido do canhão.
E a velhinha amargurada
Viu seu filho lá na estrada
Se sumir num batalhão.

Segurando o rosário,
No seu banco solitário,
Mãe Maria reza agora,
Pede a Deus ardentemente
Que lhe mande o filho ausente
Que já tanto se demora.

E, numa tarde, ao sol poente,
Ela escuta de repente
A voz meiga do rapaz,
Que lhe diz, tal como em vida:
"Muito em breve, mãe querida,
Lá no Céu me encontrarás!"


Fonte: VAGALUME



BOOGIE WOOGIE NA FAVELA


Cyro Monteiro
Rio de Janeiro 
(28/05/1913-13/07/1973)



Chegou o samba minha gente,
Lá na terra do Tio San com novidade,
E ele trouxe uma cadência que é maluca,
Pra mexer toda a cidade,
O Boogie-Woogie, Boogie-Woogie, Boogie-Woogie,
A nova dança que balança, mas não cansa,
A nova dança que faz parte,
Da política da boa vizinhança.
E lá na favela toda batucada,
Já tem Boogie-Woogie,
Até as cobrochas já dançam,
Já falam do tal Boogie-Woogie,
E o nosso samba foi por isso que aderiu,
Do Amazonas, Rio Grande, São Paulo e o Rio,
Ao Boogie-Woogie, Boogie-Woogie, Boogie-Woogie.



O CLUBE DOS BARRIGUDOS

Linda Batista



Você já viu barrigudo dançar?
Não?!
Quá, quá, quá, quá, quá
Quando ele dança, ui!
Sacode a pança, ui! 
Quá, quá, quá, quá, quá...

No clube dos barrigudos 
Só há baile uma vez por ano
Não dança samba, não
Não dança rumba, não
Só dança valsa lenta para piano... Você já viu barrigudo dançar?
Não?!
Quá, quá, quá, quá, quá
Quando ele dança, ui!
Sacode a pança, ui! 
Quá, quá, quá, quá, quá...

No clube dos barrigudos 
Só há baile uma vez por ano
Não dança samba, não
Não dança rumba, não
Só dança valsa lenta para piano...

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