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sábado, 25 de outubro de 2014

JAMAIS DEIXE PARA SE ARREPENDER NA ÚLTIMA HORA - A RETRATAÇAO DE VOLTAIRE


"Aquele que não abandona o pecado antes que o pecado abandone a ele, dificilmente poderá na hora da morte detestá-lo como é devido, pois tudo o que fizer nessa emergência, o fará obrigadamente" (Santo Agostinho). 

TRAGÉDIA OCORRIDA EM PARIS NO ANO DE 1778

Voltaire2Voltaire, filósofo francês do século VIII dedicou boa parte de sua vida a combater a Igreja Católica. Com suas blasfêmias muito ajudou a preparar a famigerada revolução francesa.

Entretanto, estando prestes a morrer, roído de remorsos, tremeu diante da morte e mandou chamar um padre. Vejamos, então, o que sucedeu como nos narra Armel Kerven no seu livro "Voltaire":

Entrando em casa alta noite, enervado pela emoção, saturado de lisonjas, teve Voltaire um violento acesso de febre.

O marquês de Villete, em cuja casa se hospedara, mandou logo chamar um padre. Lá estava, porém, uma legião de enciclopedistas. Voltaire não quis dar o braço a torcer diante deles… O padre, despedido, retirou-se dizendo que estaria à disposição do doente. Era o padre Gaultier, coadjutor de São Sulpício.

Dois dias depois, teve o filósofo um fluxo de sangue que o debilitou em extremo. Julgou-se perdido, pediu uma pela e traçou com mão trêmula este bilhete ao senhor Padre Gualtier:

"Prometeu-me vir ouvir-me. Peço-lhe o obséquio de vir quanto antes. 26 de fevereiro de 1778. – Voltaire".

Ocupado com outro doente, o padre chegou à casa alta noite. Só no dia seguinte, ao romper do dia, recebeu o bilhete, e mais um outro.

"Mme. Denis, sobrinha do M. Voltaire, pede ao padre Gaultier vir vê-lo. Ficará obrigada. 27 de fevereiro de 1778. Em casa do senhor marquês de Villette".

O padre foi aconselhar-se com o seu Superior, que lhe ordenou exigisse antes de tudo uma retratação. Foi necessário lutar dois dias com os filósofos que não queriam tal coisa. Enfim venceu o padre. Eis o teor exato da retratação:

"Declaro que, sofrendo há dias de vômitos de sangue, na idade de 84 anos, e não tendo podido arrastar-me até a igreja, o senhor vigário de São Sulpício fez-me o obséquio de mandar-me o padre Gaultier; que me confessei a ele e que, com o favor de Deus, morrerei na religião católica em que nasci, esperando da misericórdia divina que ela me perdoe todas as minhas faltas. Se escandalizei a Igreja, pelo perdão a Deus e a ela. – A 2 de março de 1778, em casa do senhor marquês de Villette, em presença do senhor padre Mignot, meu sobrinho, e do senhor marquês de Villevieille, meu velho amigo. Voltaire".

As duas testemunhas assinaram.

Depositado no cartório do "Mestre Monet", tabelião em Paris, esse documento foi publicado.

apenas recebeu Voltaire os sacramentos, melhorou. Os enciclopedistas, seus amigos, que se tinham afastado, voltaram ao aposento do doente, e não o deixaram mais. – E Voltaire começou logo a meter à bulha aquilo que chamava uma "fantasia de penitência", esquecendo seus terrores, à medida que convalescia, e zombando da misericórdia divina, a qual enfim o abandonou.

No mês de maio, caindo de cama com um novo acesso, foi chamado a toda a pressa o Doutor Tronchin, seu médico assistente, que não lhe ocultou a gravidade do caso.

Quis Voltaire chamar de novo o padre; mas a Enciclopédia tinha jurado que venceria. D’ Alembert, Marmontel e Diderot montaram guarda ao doente, ficaram surdos ao seu pedido e só permitiram  que dois padres, vindo de São Sulpício, pudessem aproximar-se do doente, quando o delírio do moribundo lhes impossibilitava o ministério.

Morreu Voltaire em pavoroso desespero. Da vizinhança, todos ouviam seus gritos de raiva.

- "Retirem-se! Retirem-se! Urrava ele, apostrofando os enciclopedistas. Foram vocês que me perderam! Eu não carecia dos senhores. Vocês é que não podiam passar sem mim. E que miserável glória me arranjara!"

- No meio dos temores e angústias, ouvia-se simultaneamente ou sucessivamente, invocar a Deus e blasfemar… Ora em voz lamentável, ora com o tom do remorso, e mais amiúde em acessos de furor exclamava;

- Jesus Cristo! Jesus Cristo!

Richelieu, testemunha desse espetáculo, fugiu dizendo: É demais! Não se pode aguentar!

O horrível drama continuou. O moribundo se contorcia no leito e rasgava o peito com as unhas. Chamava pelo padre Gaultier, mas os adeptos, reunidos na antecâmara, tampavam os ouvidos e não quiseram que esse sacerdote, recebendo os últimos suspiros do seu patriarca, estragasse a obra da filosofia.

Ao chegar o momento fatal, nova crise de desespero:

- Sinto que me arrastam ao tribunal de Deus! E, voltando para a parede, o olhar apavorado:

- Ali está o demônio; quer me agarrar… Eu vejo-o. Vejo o Inferno… Escondam-me…

Finalmente, condenou-se a si mesmo, ao realizar aquele festim, a que sua ignorância e sua paixão anti-bíblica tantas vezes fizera sentar-se o profeta Ezequiel; e, dessa vez sem zombaria, num acesso de sede ardente… levou aos lábios o penico e tragou o conteúdo! Deu um último urro e expirou sufocado pelas fezes e pelo sangue que lhe jorravam pela boca e pelo nariz.

Os filósofos proibiram expressamente a toda gente da casa que contassem isso, mas não puderam impor silêncio ao médico assistente.

pecador, não se esqueça; chegará também a sua hora! Você pode fugir para os desertos, para o alto das montanhas, se esconder nas cavernas, etc., mas da morte não escapará.

Autor: Pe. Divino Antônio Lopes FP. - Anápolis, 08 de julho de 2007.
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