"Os dois extremos (o tradicionalismo e o progressismo). se tocam. Ambos tem por meta solapar a autoridade do supremo pastor da Igreja e tornar a Igreja, desacreditada. Ambos, curiosamente, seguem a mesma linha de pensamento denunciada pelo Papa S. Pio X na Encíclica Pascendi: “Temos aberta a estrada para enfrentar a autoridade dos Concílios e para contradizer à vontade as suas deliberações, e julgar os seus decretos e manifestar às claras tudo o que nos parece verdade, seja embora aprovado ou condenado por qualquer Concílio, ostentam certo desprezo das doutrinas católicas, dos Santos Padres, dos concílios ecumênicos, dos magistérios eclesiásticos; e se forem por isto repreendidos, queixam-se de que se lhes tolhe a liberdade”. Olhando os ataques que os inimigos camuflados sob qualquer rótulo fazem à Igreja e ao Papa, pouco trabalho resta aos inimigos declarados e externos.
O católico é simplesmente católico. Daí a necessidade de se rotularem com termos restritivos como tradicionalistas ou progressistas. (Tanto uns quanto outros estão fora da Igreja. É o que afirma S. Pio X na Pascendi a respeito dos modernistas e é o que afirma Bento XVI a respeito da Fraternidade, que é a personificação da tradicionalismo na atualidade...)
O tradicionalismo, por outro lado, por não ser católico, não guarda a unidade querida por Jesus. Haja vista o cisma que aconteceu dentro do cisma. Por não suportar a “rebeldia” de um de seus bispos, este foi excluído (excomungado!) de seus quadros. O interessante é que as acusações que o “bispo rebelde” fez ao atual governo da FSSPX, foram as mesmas que o dito superior fez contra os padres de Campos quando conversavam com Roma. Ainda como pano de fundo à resposta que devo dar à pergunta a mim formulada, queria lembrar que o Concílio Vat. II está completando 50 anos. A missa chamada de Novus Ordo, completou 43 anos. O Catecismo da Igreja Católica, 20 anos. O Código de Direito Canônico, completou 40 anos. Estes são os pomos da discórdia que fazem com que os neo-cismáticos rejeitem ao que chamam de IGREJA OFICIAL como um todo e vivam praticamente numa autonomia própria das seitas. Como se vê, não somente palavras e atitudes do Papa, mas todos os atos e documentos oficiais da magistério contemporâneo são contestados, e por largos anos. Mesmo que não se declarem sedevacantistas, na prática o são.
Lefebvre - Bispo rebelado contra a Igreja |
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