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sábado, 1 de fevereiro de 2014

SOMENTE NA IGREJA CATÓLICA OCORRE O VERDADEIRO DOM DE LÍNGUAS





Êxtase de São Francisco, 1437-44.
"Andava um dia por Assis o homem de Deus, mendigando óleo para as lâmpadas da igreja de São Damião, no tempo em que a estava reparando. Encontrando uma multidão de pes­soas a se diver­tir na porta da casa em que queria entrar, ruborizou-se e se afastou. Mas, dirigin­do seu nobre espírito para o Céu, repreendeu sua própria fraqueza e soube julgar a si mesmo. Voltou imediatamente para a casa e expôs livremente, diante de to­dos, as causas de sua vergo­nha. Como que ébrio de espírito, pe­diu óleo em francês e o con­seguiu. Animou com muito fervor a todos para a obra daquela igreja e profe­tizou em francês, com todo mundo ouvindo, que naquele lugar haveria no futuro um Mos­teiro de Vir­gens. Falava sempre em francês quan­do se sentia tomado pelo ar­dor do Espírito Santo, profe­rindo palavras ardentes, como se conhe­cesse desde então que haveria de ser cul­tuado de maneira toda especial por esse povo”(S. Francisco de Assis; 2C 13; cfr. 3S 23). Obs: parece ser Dom das Lín­guas, contudo, não podemos afirmá-lo.




► São Vicente Ferrer “embora falasse corretamente 7 ou 8 línguas, ao pregar, ser­via-se uni­camente do seu dialeto valenciano e dirigia-se nele à gente de todas as na­ções, e que todas as na­ções o compreendiam, tanto pela expressão do rosto, gesto e entono, como mesmo, pelo próprio entendi­mento, que a santidade do pregador tinha o condão de abrir.Assim o ates­tam, entre outras pessoas, vários senhores da Bretanha, como João Ho­dierne”(“São Vicente Ferrer, Santo Prodigioso”, Sel Editora, Rio de Janeiro, PP. 44-45).



















► "Não pode duvidar-se que Deus lhe concedeu o Dom das Línguas. O prodigioso núme­ro de judeus, mouros, sarracenos, turcos e escravos, que arrebatou da infidelida­de, sem falar nos milhares de hereges, cismáticos e pecadores obstinados, que conver­teu na Espanha, França, Itá­lia, Alemanha, Países-Baixos e Inglaterra, prova concludente­mente que sem milagre não era possí­vel fazer-se entender de povos tão diferentes"(R. Pe. Croi­set, S.J., "Ano Cristão", Vol. IV, pp. 75-80, 5 de Abril, Festa de São Vicente Ferrer; Tra­dução do Francês pelo R. Pe. Matos Soares, Porto, 1923).
















► “São Francisco Solano tinha o Dom das Línguas. Aprendeu mila­grosamente em 15 dias o dialeto de uma tribo indígena (Tucumanos)... falan­do em castelhano a índi­os de tribos diferentes, sendo entendido como se es­tivesse expressando-se no dialeto de cada um.


Uma vez, por exemplo, estando em San Miguel del Estero durante as Ce­rimônias da quinta-feira Santa, veio uma terrível notícia: milhares de índios de di­versas tribos, armados para a guerra, avançavam para atacar a cidade. A balbur­dia foi geral. Só frei Francisco Solano, calmo, saiu ao encontro dos selva­gens. Es­tes, que o respeitavam, pararam para o ouvir. E cada um o entendeu em sua própria língua. Ficaram tão emocionados, que um número enorme deles pediu o Batismo. No dia seguinte, viu-se essa coisa espantosa: ao lado dos es­panhóis, esses índios convertidos participavam da procissão da sexta-fei­ra Santa, flagelando-se por causa de seus pecados”(R, Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., “Na Luz Per­pétua”, Vol. II, 23 de julho; cfr. Lês Petits Bollandistes, Bloud et Barral, Paris, 1882, Tom. IX, pp. 8 ss; En­riqueta Vila, “Santos da América”, Coleção Pa­noramas de la História Universal, Ediciones More­ton, S. A., Bilbao, 1968, PP. 88, 93 ss).





► São Francisco Xavier, S.J.: “Como os Apóstolos, possuía o Dom das Lín­guas. Sem ter aprendido o idioma hindu, com os múltiplos diale­tos, pregava a Doutrina Cristã e todos o compre­endiam perfeitamente. Esta cir­cunstância, bem como os numerosos e estupen­dos milagres que fazia quase dia­riamente, chamou a atenção dos povos circunvizi­nhos, que vi­nham em chus­mas, para conhecer o homem extraordinário e ouvir-lhe a Doutrina”(R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 3 de dezembro).





► São Luís Bertrand (Beltrão): “A biografia do Santo afirma que, ape­sar de ter sido senhor de um só idioma, todos os povos que o ouviam fa­lar, o compreendiam perfei­tamente”(R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 11 de outubro).














► “O rumor das maravilhas que Santo Antônio operava com a sua prega­ção, che­gava até à corte romana. Ele grangeou tanto a estima dos Príncipes da Igreja, que o Soberano Pon­tífice e todos os Cardeais corriam a seus sermões, com um zelo extraordinário e uma de­voção que não se poderia des­crever. Desde que o Papa Gregório IX saboreou uma vez a pala­vra de Santo Antônio, não pode mais pri­var-se deste maná celeste, e fez-se um dos seus assí­duos ouvintes. Ad­mirava a sua ciência das Sagra­das Escrituras, e como lhes possuía a Letra e o Sentido, e com que rara felicidade os aplicava às almas. Contemplava essa Abe­lha Mística que percorria, como a recrear-se, os prados balsâmicos da Revelação sobre os quais o Espíri­to Santo derramou tantos perfumes e imprimiu tantas co­res; tomando um pouco por toda parte que formava os materiais de suas admirá­veis instruções. Não foi sem razão que o Sumo Pontífice lhe deu o nome de ‘a Arca do Testamento’; o texto dos dois Testamentos estava, de fato, gravado tão profunda­mente em sua memória, que, a exemplo de Es­dras, sozinho com as suas recorda­ções seria capaz de restabelecer integral­mente as Escrituras, dado o caso de que todas as cópias Delas se perdessem. É o que ates­tam todos os homens que vive­ram longo tempo com ele, e que o conheceram mais de perto. Além disto, possuía um maravilhoso talento para in­terpretar as Divinas Escrituras, e para ex­por com clareza e solidez os seus diversos sentidos. Não havia na Bíblia um só li­vro que lhe fosse estranho. A Concordância Moral da Santa Escritura, e o Comen­tário Místico sobre o Antigo Testamento, no qual não deixa um só trecho sem o acom­panhar de notas cheias de erudição e de piedade, são a prova de que São Antô­nio não havia usurpado esta reputação.


Aproximavam-se as Festas de Páscoa. O Papa fez promulgar a grande in­dulgência que atraía à Cidade Eterna imensos concursos de estrangei­ros, vindos de todos os pontos da Cristandade. No ano em que Santo Antônio de Pádua pre­gou a Quaresma, a afluência foi inu­merável. As multidões apinhavam-se com avi­dez em torno do Apóstolo: cada um estava mais desejoso de vê-lo e de ouvi-lo. Para muitos, não era ele um desconhecido; tinham-no encon­trado noutros pontos da Itália e da França; a lembrança de sua eloqüência e de seus milagres ainda aumentava neles o entusiasmo geral de que eram testemunhas. Santo Antônio estava colocado no centro desta pequena humanidade na qual todas as nações se acha­vam repre­sentadas. Ele as trazia todas em seu coração; elevava-as todas até à verdade, até Deus. As­sim este vaso de eleição, que fora predesti­nado para anunciar aos povos e aos reis o Nome de Cristo bendi­to, se tornara em Roma ‘um vaso Católico’, segundo a bela expressão de que a Antigüidade se ser­viu para ex­primir a extensão de seu zelo, a profundeza de suas vistas, e a univer­salidade de sua glória. O Papa encarregou-o de explicar aos peregrinos a nature­za dos favo­res espirituais de que abrira o Tesouro, o valor incalculável que lhes deveriam ligar e as condições em que poderiam consegui-los. Santo Antônio obe­deceu a esta or­dem suprema; e, no dia da Ressurreição, sua pregação foi acom­panhada de um mila­gre que lembrou o aconte­cimento em Jerusalém no dia de Pentecostes, e cuja narração se encontra nos Atos dos Após­tolos. Ei-lo tal, como é referido nos Fioretti de São Francisco de Assis: ‘O maravilhoso vaso do Espírito Santo, monsi­or Santo Antônio de Pádua, um dos discípulos escolhidos e compa­nheiro de São Francisco, ao qual, São Francisco chamava seu Vigário. Pregando uma vez em Con­sistório, diante do Papa e dos Cardeais (no qual Consistório havia homens de diversas nações, isto é, gregos, latinos, fran­ceses, alemães, eslavos, ingleses e de outras diversas línguas do mundo); inflamado do Espírito Santo tão eficazmen­te, tão devotamente, tão sutilmente, tão do­cemente e tão claramente e intuitiva­mente expôs e falou Palavras de Deus, que todos os que estavam em Consistó­rio, conquanto usassem línguas diver­sas, claramente lhe entendiam as palavras distintamente como se ele tivesse falado na língua de cada um, e todos estavam es­tupefactos e lhes parecia que se havia renovado o antigo milagre dos Após­tolos no tem­po de Pentecostes, os quais falavam por virtude do Espírito Santo em todas as lín­guas, e diziam (os Cardeais) juntos, um para o outro com admiração: ‘Não é de Espanha este que prega? E como ouvimos nós em seu falar o nosso idioma?’ O Papa, semelhante­mente, conside­rando e maravilhando-se da profundeza das palavras dele, disse: ‘Este é verdadeira­mente a Arca do Testamento e o Armário da Escritura Divina’. Em louvor de Cristo. Amém’(Fior. 39).


Assim é que se aprazia Deus em glorificar a seu Servo diante de to­das as tribos da ter­ra. Com isto mereceu ele ser comparado aos Apóstolos, pois que, como estes, recebera o Dom precioso das Línguas”(R. Pe. Antônio At, C.S.C., “História de Santo Antônio de Pá­dua”, Cap. XI).


► Dom das Línguas (Poema)


*Roma. Século treze. Eis o Papa exultante
Na sublime assembléia – onde luz e reluz
Frei Antônio – pregando o sermão cintilante
Da semana pascal. Porta-voz de Jesus,
*Frei Antônio – falando aos romanos – perante
Outros povos – reluz – como o sol – luz a flux:
Sua voz foi ouvida em francês, em vibrante
Espanhol, em inglês... Como a todos seduz!
*Dom das Línguas! Ali se repete a passagem
Da Sagrada Escritura – o milagre, a mensagem
- De outras línguas de fogo – a inflamar tanta gente!
*Porta-voz de Jesus! Tua língua sagrada
Continua a pregar – sempre, sempre escutada,
Numa Casa-de-Deus, o sermão mais luzente!


(José A. Machado Filho, “Clarões”, P. 548).


► “Todos os sentidos de Teresa Neumann – já o afirmei – e não so­mente a vista, es­tão ativos durante as suas visões, que abrangem todos os tem­pos, in­clusive os períodos ante-his­tóricos mais recua­dos e todos os países do mundo. Estende-se até muito para além dessas épocas longínquas, pois, foi-lhe dado já, por exemplo, assistir ao combate dos Anjos bons con­tra os Anjos maus, que ter­minou com a der­rota de Lúcifer e a criação do Inferno. Des­se espe­táculo, por si­nal, conserva uma recordação de tal forma emocionante que evitam recor­dar-lhe, porquan­to a lembrança dele já chegou a fazer-lhe perder os senti­dos.


Teresa Neumann ouve os personagens que vivem sob os seus olhares tão claramente como os vê, e a sua memória é de tal forma que repete, especial­mente no estado de arrouba­mento, as palavras pronunciadas por eles. Foi assim que notaram, a princípio com espanto, que repetia, com pronúncia exata e acento correto (sendo ela alemã), quase todas as lín­guas antigas e modernas e em especial certas línguas orientais, hoje mortas, nos seus dife­rentes dia­letos.


Diversos orientalistas e particularmente o Prof. Bauer, da Universida­de de Halle, o sábio Jesuíta Leiber, o Doutor Kiefer e, sobretudo o Prof. Wutz, afirmaram que ela re­petia com grande exatidão conversas trava­das na língua de Cristo, o aramaico.


Por exemplo, quando Pilatos mostra Jesus à multidão, esperando que esta se compa­deça à vista do seu lastimoso estado, resultante da Flagelação e da Coroação de Espinhos. Teresa ouve distintamen­te o grito: ‘Schalapa’, que em aramaico, significa: ‘Crucifica-O’. Quan­do contempla a Agonia do Calcifica­do so­bre a Cruz, ela ouve dizer: ‘Es-che ... Abba, Chaboc, Lehon ... Eloïm, Zabakhtani ... Abba Bejadakh, afked, Roukhi, Chalem ... Coulekti ...’, que signi­fica: ‘Tenho sede... Pai perdoai-lhes... Meu Deus, por que Me abandonastes? ... Pai entre­go o Meu espírito nas tuas mãos... Tudo está consumado’. Es­tas são na verdade as pala­vras de Cristo na Cruz, citadas pelos Evangelistas.


Quando dos meus primeiros inquéritos, tive o privilégio de travar lon­gas conversas com o Prof. Wutz, na sua casa de Eichstaett. Foi uma das teste­munhas diretas dos fatos de Kon­nersreuth que mais utilidade teve para mim. Pos­suía um ‘Dossier’ precioso do qual faziam par­te impressionantíssima pelícu­las de certos êxtases de Teresa.


A sua indignação atingira o auge quando quiseram insinuar que havi­am sugerido à es­tigmatizada as palavras e frases em aramaico que ela repetia. A ver­dade, porém, era exata­mente o contrário.Teresa não falara aramaico porque o Prof. Wutz estava em Konnersreuth, mas, sim, este fora ali chamado, aliás, de­pois de vários outros especialistas, porque Teresa fa­lava aramaico. Tomaram aqui o efeito pela causa. E acrescentava que, ao invés do que se dis­sera, era ele que tinha aprendido, ao escutar Teresa, e até modificara o seu ensino após haver reconhecido que ela tinha ou devia ter razão em pontos onde certas formas de aramaico, repe­tidas por ela, diferiam das que ele próprio conhecia. Quando, por exemplo, Te­resa contava que Cristo, sobre a Cruz, dissera: ‘Es-che’, o Prof. Wutz sustentava que ‘Tenho Sede’ se deve dizer ‘Sachana’. Mas Teresa insistia afir­mando que ouvira distintamente ‘Es-che’, sem possibi­lidade de erro. Por fim, de­pois de haver estudado o assunto, reconheceu ser ela quem tinha ra­zão e que essa expressão era de uso corrente no tempo de Cristo.


É curioso notar que, quando Teresa vê São Pedro a dirigir a palavra à multidão, no dia de Pente­costes, ouve-o a falar em dialeto bávaro, pois, cada pes­soa após a descida do Espíri­to Santo, o escutou na própria língua. Foi assim que se tornou possível conhecer o texto exato do Discurso de São Pedro aos pa­gãos, gravado em disco por um irmão de Teresa, (chamado) Fernando"(“Thérése Neu­mann – la stig­matisée”, por Ennemond Boniface; Trad. Por Aníbal de Castro, Cap. II, PP. 174-177).







► “Na vida de São Domingos se conta havê-lo recebido (o Dom das Lín­guas) em certa oca­sião para conversar com alguns peregrinos ale­mães”(Fr. Alberto Colunga, O.P., “Introduccion a la Cuestion 176 – Sobre el Don de Len­guas”, Suma Teológica de São Tomás de Aquino, Ed. BAC, Madrid, 1955).






► "O biógrafo mais ilustre, que em dois alentados volumes melhor estudou a vida de Santo Antônio Maria Claret, o Pe. Cristovão Fernández, diante da dificul­dade de enumerar os mi­lagres do Bem-aventurado, depois de falar-nos do Dom especial de ler nas consciências, procura catalogar os milagres mais extraordinári­os, sob a epígrafe que nos lembram os mila­gres opera­dos pelos Apóstolos: '... Super aegros manus imponent,... si mortiferum quid biberint' ... '... in nomine meo daemonia ejicient' ... '... linguis loquentur novis', etc."(R. Pe. Geraldo Fer­nandes, C. M. F., "Santo Antônio Maria Claret", Cap. VI, p. 40, Vozes, 1953).







► “Em 1912, o Padre Agostinho de San Marco in Lamis, diretor espiritual do Padre Pio, concebeu uma ideia original. Quis pôr à prova a santidade do Padre Pio e infligir novos desaires ao Demônio.Com esse fim, porque não escrever ao Padre Pio em línguas estrangeiras que ele desconhecia? Assim, estabeleceu-se entre o confessor e o seu discípulo, uma correspondência em francês e em grego! Mas, o Padre Pio aguentou magnificamente essa experiência, porque tinha junto de si alguém, o seu Anjo da Guarda, que se encarregava da tradução! Existem provas irrefutáveis desse fa­to. Quando ele manteve essa correspondência muito particular, o Padre encontrava-se em Pietrelcina e o seu diretor imediato era o arcipreste Don Salvatore Mannullo. Ora, na margem de uma dessas cartas, encontra-se um certificado escrito pela mão desse Padre, que declara, em consciência, que quando o Padre Pio recebia do seu confessor uma carta escrita em grego, lhe revelava o seu conteúdo. 'Eu lhe perguntava, diz o Padre, como é que ele podia ler e explicar a carta, visto que ele não conhecia nem sequer o alfabeto grego'. Mas ele me respondia: 'Saiba que o meu Anjo da Guarda me explicou tudo!'Declaração esta, confirmada pelo próprio Padre Pio.


A uma pergunta formal do Padre Agostinho, o Padre Pio respondeu por estas palavras de Jere­mias:'Ah!... nescio loqui, eu não conheço as línguas estrangeiras e portanto não as sei falar'. E numa carta de 20 de Setembro de 1912, o Padre Pio revela quem o instruía, declarando: 'Os seres celestiais fazem-me visitas continuamente e, se a missão do Anjo é grande, a do meu é ainda mais importante, visto que tem de me ensinar e explicar as línguas estrangeiras'.


Esta afirmação corresponde inteiramente a uma nota do Padre Agostinho: 'O Padre Pio não sabe nem grego nem francês. O Anjo da Guarda explica-lhe tudo e é só assim que ele as pode compreender'.


A ajuda do seu professor sobrenatural foi tão eficaz, que o Padre Pio conseguiu escrever nessas línguas. Encontramos um exemplo nos escritos do Padre (76 e 96), duas cartas que ele escreveu em francês com a ajuda do seu Anjo...


No confessionário, o Padre Pio compreendia cada um e vice-versa. Falava tão bem o francês como o inglês e a maior parte dos dialetos, os mais raros, da América, da China e mesmo do Japão não representavam para ele qualquer dificuldade. No seu belo livro, Del Fante põe em dúvida este fato, o que é compreensível, porque cada escritor conta o que experimentou por si mesmo; ora, Del Fante era italiano e não podia, portanto, ter a experiência desse dom do Padre Pio. Portanto, quando me confessei pela primeira vez ao Padre Pio, o fiz em francês e ele respondeu-me nesta língua. Foi só quando deixei o confessionário que me dei conta disso. Quando Mary Pyle perguntava aos soldados americanos como é que eles se confessavam ao Padre, eles respondiam a rir: 'Ele compreende-nos e nós o compreendemos'. Uma húngara contou-me: 'Ele falou-me em húngaro! E porque não? Quanto a mim ele não precisava de palavras, falava a língua do coração e a língua do coração é, para os místicos, o esperanto do Céu. Nos últimos anos, todavia, devia-se saber ou o italiano ou o latim, para se confessarem. Essa regra foi tomada para limitar o número de penitentes por causa dos inúmeros e insistentes pedidos...


Na história lendária do Padre Pio, encontram-se inúmeros fatos pitorescos dizendo respeito a soldados. Assim, um soldado negro da força naval veio num 'jeep' de Tarento, para se confessar ao Padre. Este falou com ele o dialeto dos 'dockers' de Nova York com a desenvoltura de um carregador. Cada soldado que teve contato com ele, tinha a sua história a contar” (Rev. Pe. Fr. Arni Decorte, F.M., ob. cit., pp. 59-60, 198, 213-214, edição brasileira, 1995).





► “Teria Maria possuído, também, o dom das línguas? Em todas as circunstâncias da vida em que teve necessidade dele, como, por exemplo, na visita dos Magos, na fuga para o Egito, Deus lho terá certamente concedido. Deve ter-lhe concedido o dom das línguas, a seguir, especialmente no dia de Pentecostes, tanto mais que Ela teria de falar muito frequentemente com pessoas de língua diferente. Não teria sido uma verdadeira decepção para os fiéis da primitiva Igreja, que falavam língua estrangeira, não conseguirem fazer-se compreender pela Mãe comum de todos?”(Rev. Pe. Gabriel Roschini, O.S.M., “Instruções Marianas”, Instrução XVII, Ponto II, 2, pp. 194-195, Ed. Paulinas). 

Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos -







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