O curioso foi que, três dias após o roubo, as hóstias foram encontradas no cofre de esmolas de outra igreja (St. Mary de Provenzano). Foi constatado que se tratavam das mesmas, e contaram-se 348 hóstias inteiras e seis metades.
O povo então fez uma procissão para levá-las para a igreja assaltada, tendo como portador o Arcebispo Alessandro Zondadari. Não foram consumidas, como previa o Direito Canônico, porque os fiéis queriam adorá-las para reparar o nocivo ato. Tais hóstias foram guardadas no local apropriado – no sacrário – e de algum modo acabaram sendo esquecidas.
O procedimento ordinário é que as mesmas deveriam ter sido consumidas. Uma teoria afirma que o povo de Siena e das cidades vizinhas queriam adorá-las para reparar a profanação, como já dito. A segunda seria a que as hóstias estariam ainda sujas, apesar de terem sido limpas superficialmente, não sendo neste caso necessário consumi-las, mas é permitido que se deteriorem-se naturalmente.
O Pe. Carlo Vipera - 50 anos depois -, da Ordem Franciscana, examinou as hóstias no dia 14 de abril de 1780 e as encontrou frescas e incorruptas. Somente 50 anos depois foi descoberto que estavam completamente intactas, não apresentando nem coloração diferente do tempo de sua fabricação. Tratava-se de um milagre! Nos séculos que se sucederam, as hóstias foram submetidas aos mais diversos exames científicos para comprovar a autenticidade do fato. Nos anos anteriores algumas hóstias foram distribuídas e consumidas. As 230 restantes foram colocadas em um cibório novo e posterior distribuição foi proibida.
Uma investigação mais detalhada foi realizada em 1789 pelo Arcebispo de Siena, Tiberio Borghese, com teólogos e cientistas. Após ter examinado as hóstias com um microscópio, a comissão declarou que eram perfeitamente intactas e não demonstravam nenhum sinal de deterioração.
Neste mesmo ano um teste foi realizado: hóstias não consagradas foram colocadas em uma caixa selada. Dez anos mais tarde foram examinadas e encontradas desfiguradas. Em 1850, 61 anos depois do fechamento da caixa, as hóstias não consagradas foram reduzidas à partículas de uma cor amarela escura, enquanto que as 230 hóstias consagradas milagrosas retiveram seu frescor original pelo mesmo tempo!
Ao longo dos anos outros exames foram realizados, mas o mais significativo foi o de 1914, empreendido por ordem do Papa Pio X. O arcebispo selecionou um distinto grupo de investigadores, com cientistas e professores de Siena e de Pisa, juntamente com teólogos e oficiais da Igreja. Testes químicos executados sobre fragmentos das hóstias milagrosas provaram que tais hóstias foram preparadas sem as precauções científicas que poderiam mantê-las preservadas por um período de poucos anos! A comissão concluiu que a preservação era extraordinária! Se as hóstias tivessem sido preparadas para se conservarem, alguns anos se passariam… mas as mesmas não foram preparadas e o milagre já durava 184 anos!
O professor Siro Grimaldi, professor na Universidade de Siena e diretor do Laboratório Químico Municipal, era o principal cientista da comissão de 1914. Mais tarde, escreveu um livro com detalhes preciosos sobre o milagre, intitulado Uno Scienziato Adora. Em 1914 declarou que “a farinha em grão é o melhor terreno de cultura de microorganismos, parasitas animais e vegetais, e fermentação láctica. As partículas de Siena estão em perfeito estado de conservação, contra as leis físicas e químicas, não obstante as condições de tudo desfavoráveis em que foram encontradas e conservadas. Um fenômeno absolutamente ANORMAL: as leis da natureza foram invertidas. O vidro em que foram encontradas possui mofo, enquanto a farinha se revelou mais refratária do que o cristal.”
Em 1922 outras investigações foram conduzidas, na presença no Cardeal Giovanni Tacci e do Arcebispo de Siena, de Montepulciano, de Foligno e de Grosseto. Os resultados foram os mesmos.
Em 1950 as hóstias foram submetidas a novo exame e colocadas em um cibório mais novo. Apesar das precauções, outro roubo sacrílego ocorreu na noite do dia 5 de agosto de 1951. O ladrão deixou as hóstias no canto do tabernáculo e levou somente o cibório! O arcebispo da cidade contou 133 hóstias e as selou em um novo recipiente de prata. Mais tarde, após serem fotografadas, foram colocadas em um recipiente mais elaborado, que substituísse o que tinha sido roubado.
As hóstias milagrosas são exibidas publicamente em várias ocasiões, especialmente no dia 17 de cada mês, comemorando o dia onde foram encontradas após o primeiro roubo, em 1730. Na festa de Corpus Christi elas são conduzidas em procissão triunfante, a partir da igreja, pelas ruas da cidade. Muitos distintos personagens adoraram as hóstias, como São João Bosco e o papa João XXIII, que inclusive assinou o livro dos visitantes, no dia 29 de maio de 1954, ainda quando era o bispo de Veneza. Apesar de incapazes de visitar as hóstias milagrosas, os papas Pio X, Benedito XV, Pio XI e Pio XII emitiram indicações de interesse e admiração profundos.
Com voz unânime, fiéis, padres, bispos, cardeais e papas maravilharam-se e adoraram as hóstias de Siena, reconhecendo nelas um milagre permanente, completo e que resiste há 250 anos! A Igreja assegura que, embora tenham sido consagradas em 1730, por terem mantido conservação perfeita, ainda são realmente e verdadeiramente o Corpo de Cristo!
O Papa Paulo VI, no Congresso Eucarístico de Pisa, na Itália, falou sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, e lembrou o testemunho do milagre de Siena. Também João Paulo II visitou Siena, como peregrino, para celebrar os 250 anos deste sinal extraordinário de Deus.
Palavras de Paulo VI:
"Na mesma carne que foi pregada na cruz. O mesmo sangue que jorrou do seu coração provarei tomarei na comunhão. Se me das o teu corpo e sangue Senhor o que mais darei a ti a não ser o meu louvor minha gratidão adoração? Doce e amado Jesus, que por mim morreste na cruz concede-me uma perfeita gratidão pela teu corpo e sangue que me une a ti em espírito e em verdade . Amem".
POSTAGEM SEGUINTE - “IDENTIFICA-SE A IGREJA no Apocalipse como "Embriagada com o sangue dos Santos e das Testemunhas de Jesus"(Cap. 17:6)”.
POSTAGEM ANTERIOR - ... outros autores apontam mais corretamente a interpretação da palavra porneía. Esta não seria a simples fornicação nem o adultério, mas propriamente o estado de concubinato. O termo rabínico empregado por Cristo teria sido zenut, que designa a união ilegítima de concubinato...
Um comentário:
E habitou entre nós. E nós vimos sua glória
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