Oswaldo - Não se pode chamar de ESPECULAÇÃO HUMANA a decreto eclesial cuja inerrância se firma nas Escrituras (conferir Mt 16,18; 18,18; 1Tm 3,15).
Neilom Soares - Interessante, vc fazer uso das escrituras para falar de inerrancia. É justamente por esse método, que, preservação é especulação, pois é alheia as escrituras, que revela, claramente a fé.
E as passagens citadas não falam da inerrância da Igreja, representada por seu legítimo magistério? Vamos examiná-las pela enésima vez.
Pode a Igreja errar quando nos propõe uma verdade de fé?
A Igreja não é a "carne da carne" (Gen 2,23) de Cristo (Ef 5,29) "a esposa imaculada, sem mancha" de erro e de pecado (Ef 5,27 cf.Apoc.19,7; 21,2 e 9; 22,17)? Ela não é "a esposa do cordeiro"? Não é ela a plenitude de Cristo (Ef 1,23)? O "corpo do qual ele é a cabeça" (Col 1,18; Ef 1,23; 4, 15)? Não é esta pessoa formada de uma multidão humana que Cristo desposou, e, que ele ama como a si mesmo (Ef 5,25; 5,29-30)? Não é ela "a coluna inabalável e sólido sustentáculo da verdade" (1 tim 3,15)? O Espírito de Verdade que nela desceu para "conduzi-la à verdade completa" (João 16,13), nela não habita desde Pentecostes e para sempre (João 16,7; 1 Cor 3,16; 6,19)? Cristo não prometeu estar com ela até o fim do mundo (Mateus 28,20)?
É à pessoa comum da Igreja, em outras palavras, é à Igreja tomada em sua unidade e sua universalidade, que esta promessa foi feita. Quando, pois, a Igreja fala, CRISTO É FIADOR DE SUA PALAVRA.Tudo o que a pessoa da Igreja nos transmite como revelado por Deus é, tal qual ela o diz, eternamente verdadeiro.
CRISTO PROMETEU singularmente a Pedro que tudo que ele ligasse na terra seria também ligado no Céu (Deus). Mas podem os céus confirmar a mentira e o erro? Sem dúvida que não! Logo, Pedro, e naturalmente todos os seus legítimos sucessores, estava impedido de errar em questões de fé e de moral.
Porém, não somente Pedro estava impedido de errar porque as mesmas palavras foram ditas ao conjunto dos apóstolos.
Entretanto, há uma grande diferença entre a primeira e a segunda promessa. Aos apóstolos, a promessa foi conferida EM CONJUNTO, significando assim que cada um deles era INFALÍVEL desde que em comunhão com os demais, enquanto que a Pedro foi dito unicamente a ele, de acordo com o múnus que lhe foi imposto por Cristo de confirmar seus irmãos na fé e também com o seu solene investimento para ser aquele que haveria de pastorear tanto cordeiros (simples fieis) quanto ovelhas (bispos, presbíteros e diáconos) (Jo 21, 15-17).
Faz sentido?
Sim, a partir da obrigação que temos de dar ouvidos à Igreja (Mt 18,17); da afirmação de Jesus de que as pessoas que ouvissem seus legítimos enviados estariam ouvindo a si próprio (Lc 10,16); da grave ameaça de condenação para aqueles que não cressem em seus ensinos (Mc 16,14-16).
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