I - A MENTIRA E ONDE SE ENCONTRA
II - A VERDADE
AFIRMAÇÕES E RESPECTIVAS
RESPOSTAS
1. Onde Está a Tradição do Primado Nos Primeiros Três Séculos? Nos primeiros três séculos não existe nem a ideia de um Primado romano.
RESPOSTA - Nem ideia? Será que o bispo Ireneu de Lyon, por volta de 2.º século não tinha nenhuma? Leiam uma passagem do que consta em sua grande obra contra os gnósticos:
Se um escritor, por volta de 180 d.C., escreve que os fiéis de todo o mundo deve estar de acordo com esta autoridade (do bispo de Roma), porventura ele não tem ideia do primado de Roma?
2. Mais uma vez lembro que esta não é uma história do cristianismo e, sim, tão somente dos homens que ocuparam o cargo de bispos em Roma.
R. Nem uma, nem outra coisa! Trata-se apenas de uma historieta inventada sem qualquer embasamento documental. Os argumentos consistem em desqualificar os primeiros escritores cristãos sem, no entanto, apresentar nenhum documento positivo como procedem historiadores verdadeiros e imparciais
3. Existe uma dificuldade muito grande em escrever este tipo de história que estou tentando redigir porque o historiador católico se esforça para justificar e defender a posição do bispo de Roma, interpretando e até forçando o sentido de situações históricas e de documentos que chegaram até nós, não na sua forma original mas através de citações.
Diz que o "historiador Católico" (qual esse historiador?) se esforça para defender o papado...
Hehehe! Pelo contrário!
Quem está forçando a barra aqui é o autor adventista. Somente uma mente pervertida poderá fazer tal afirmação. Tirem a prova relendo o texto de Ireneu transcrito acima e percebam se é preciso forçar algum sentido para se acreditar que ele não declarou que os Bispos de Roma devem ser obedecidos pelos fiéis do mundo inteiro.
4. Veja, por exemplo, o verbete "Papado" na Enciclopédia Mirador, edição 1980, página 8530: "São Clemente I escreveu carta aos Coríntios em 95 ou em 96; esta é uma das primeiras provas do primado romano". Ora, isso só pode ser verdade para quem escreveu o artigo; para outros que gostam de analisar e investigar, esta é uma grande mentira, pois trata-se de uma verdade preconcebida.
R. Vejamos o que foi que São Clemente I escreveu ao Coríntios: (81-96 d.C.) - CLEMENTE DE ROMA - INTERVÉM NO INCIDENTE DA IGREJA DE CORINTO - "Vós que lançastes os fundamentos da revolta, submetei-vos aos presbíteros e deixai-vos corrigir com arrependimento... é melhor para vós ser encontrados pequenos e dentro do rebanho de Cristo, do que ter aparência de grandeza e ser rejeitados de sua esperança" (Carta de Clemente aos Coríntios em torno de 81 a 96 d.C., cap.57... 59).
Tem mais:
Até mesmo um inimigo do Papado - Lightfoot - foi obrigado a confessar que esta carta de São Clemente foi “o primeiro passo para estabelecer a dominação papal” (Clemente, 1, 70).
O divertido é que, depois dessa suposta "pretensão" do Mártir São Clemente em ser o chefe da Igreja (século I) e de Santo Ireneu ter declarado que os fiéis do mundo inteiro deveriam estar de acordo com Roma (século II), lá vem um adventista declarar como suma verdade: "Nos primeiros três séculos não existe nem a ideia de um Primado romano"!!!! Logo um adventista que aceita como verdade, as mentiras de seus falsos profetas William Miller e Ellen Gould White. O primeiro falso profeta marcou o fim do mundo para 10/12/1843 e depois para 22/10/1844. Tudo deu errado!!! Então a falso profetisa Ellen marcou outras datas nas quais, sucessivamente, nada aconteceu: 1847, 1850, 1852, 1854, 1855, 1866, 1867, 1877.
O divertido é que, depois dessa suposta "pretensão" do Mártir São Clemente em ser o chefe da Igreja (século I) e de Santo Ireneu ter declarado que os fiéis do mundo inteiro deveriam estar de acordo com Roma (século II), lá vem um adventista declarar como suma verdade: "Nos primeiros três séculos não existe nem a ideia de um Primado romano"!!!! Logo um adventista que aceita como verdade, as mentiras de seus falsos profetas William Miller e Ellen Gould White. O primeiro falso profeta marcou o fim do mundo para 10/12/1843 e depois para 22/10/1844. Tudo deu errado!!! Então a falso profetisa Ellen marcou outras datas nas quais, sucessivamente, nada aconteceu: 1847, 1850, 1852, 1854, 1855, 1866, 1867, 1877.
5. Por causa disso, temos centenas de conclusões apressadas que distorcem os fatos e dificultam a pesquisa. Para provar a existência do Primado romano nos primeiros três séculos, citam-se três bispos: Clemente romano, Irineu e Cipriano. Clemente foi bispo em Roma de f (?), 88 a 97 d.C. e tornou-se famoso por uma carta que escreveu aos cristãos de Corinto ("Carta de Clemente romano"; Editora Vozes; Petrópolis; 1971). Quem nos fala desta carta é Eusébio em "História Eclesiástica" (IV; 23,11). Eusébio, que morreu em 340, isto é, pouco mais de 200 anos depois, nos diz que o bispo de Corinto leu essa carta aos fiéis e depois guardou-a como preciosidade por ter vindo de Roma... Duzentos anos depois!! Eusébio nos relata este fato... sem provar!...
R. Com efeito, há nesta mesma carta, capítulo 37, a comparação, concluindo que cada um, no seu posto, deveria executar as ordens prescritas pelas autoridades superiores.
Quanto ao bispo Irineu apenas registra, já em 180 d.C., a confirmação da autoridade de Pedro e de seus legítimos sucessores, pastores plenipotenciários do rebanho de Cristo, segundo esta solene investidura: "... Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas... " (Jo 21, 15-17). Portanto Pedro e seus sucessores devem servir a Cristo em seu posto de mandatários, pastoreando não somente os cordeiros (fiéis), mas também as ovelhas de Cristo (bispos, presbíteros e diáconos). Eis aqui o momento da realização das promessas. O primeiro papa já designado recebe, então solenemente a investidura pontifical, a jurisdição de supremo Pastor: Simão, apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas.
Eis a Igreja qual saiu das mãos de Cristo. Aos nossos irmãos rebelados perguntamos agora: que é feito destas magníficas promessas: Onde está a pedra fundamental? Onde o grande edifício: Onde as chaves: Onde o cajado do supremo Pastor? Talvez com Lutero, com Calvino, com Zwinglio, com Henrique VIII? Com quem estará Cristo até a consumação dos séculos: Com quem estava antes que nascesse o monge apóstata? Necessariamente com a Igreja. E como ou quando passou a sua assistência para os rebeldes à autoridade por ele constituída? E onde estão as provas?
A interpretação dos teólogos católicos é que esta carta é o primeiro documento comprovante da supremacia universal (o Primado) do bispo de Roma. No entanto os teólogos luteranos e outros protestantes (S. Jáki; "Les tendences nouvelles de 1'ecclesiologie"; Her-der; Roma; 1957) não vêem nenhum Primado na carta de Clemente.
R. Se os "teólogos luteranos e outros protestantes" admitissem o primado do bispo de Roma certamente seriam católicos e e não protestantes. É claro que não admitem apesar de estar tudo claramente provado.
OBSERVAÇÃO: O artigo vai bem mais longe. Gravei o restante para responder oportunamente.
OBSERVAÇÃO: O artigo vai bem mais longe. Gravei o restante para responder oportunamente.
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