O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque chega à sede da Polícia ... |
PF lança nova fase de Operação Lava Jato com 27 mandados de prisão
sexta-feira, 14 de novembro de 2014 09:21 BRST
SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a participação de 300 policiais federais que cumprem 85 mandados judiciais em cinco Estados e no Distrito Federal, e o bloqueio de cerca de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados, informou a PF.
Os mandados incluem seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, além do Distrito Federal.
O ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, estaria entre os presos, segundo informações publicadas no sites dos jornais O Estado de S. Paulo e da Folha de S. Paulo. A Polícia Federal não comentou essa informação imediatamente.
"Entre os mandados de busca, 11 estão sendo cumpridos em grandes empresas", informou a PF em comunicado à imprensa.
A maior parte das ações ocorre em São Paulo.
"Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema criminoso", acrescentou a PF, sem dar mais detalhes sobre valores ou empresas envolvidas.
Os envolvidos responderão por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
"Esta sétima fase é fruto da análise do material apreendido e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores", disse a Polícia Federal.
A Operação Lava Jato foi deflagrada em março, com o objetivo de desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro e a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
A operação já resultou na prisão do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, acusado de participação em um suposto esquema de corrupção envolvendo desvio de recursos para partidos e políticos.
Na quinta-feira, a Petrobras se viu forçada a adiar a divulgação de seu resultado do terceiro trimestre em meio às denúncias envolvendo a empresa.
ROUBALHEIRA DO PT NA PETROBRAS: POLÍCIA FEDERAL ACIONA INTERPOL PARA LOCALIZAR FORAGIDOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO.
Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora Camargo Correa, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros (SP). A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. (Foto: Veja)
A Polícia Federal acionou a Interpol nesta sexta-feira para tentar localizar Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema do petrolão. A Justiça expediu mandado de prisão contra ambos, mas eles não foram localizados pelos agentes.
O irmão do ex-ministro era subordinado ao doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras e lavagem de dinheiro que teria movimentado 10 bilhões de reais.
O juiz Sérgio Moro, da Justiça do Paraná, determinou a prisão temporária (cinco dias) de Adarico Negromonte. Segundo investigadores, contudo, há dois meses, ele não é localizado. Mário Negromonte, irmão de Adarico, ocupou a pasta das Cidades no governo Dilma Rousseff.
"Todos os investigados que não foram localizados já foram registrados no sistema de procurados e estão impedidos de deixar o país", informou nesta sexta o delegado da PF Igor Romário de Paula. Segundo ele, a inclusão desses nomes no alerta vermelho da Interpol está sendo providenciada.
Na sétima etapa da Lava Jato, a PF também prendeu executivos e fez buscas e apreensão em sete das maiores empreiteiras do país, apontadas como o braço financeiro de um esquema de corrupção na estatal. Confira os mandados de prisão decretados pela Justiça Federal:
Prisão preventiva:
1. Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa;
2. José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS;
3. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS;
4. Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior;
5. Gerson de Mello Almada, da Engevix;
6. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.
Prisão temporária:
1) Dalton dos Santos Avancini, da Construtora Camargo Correa;
2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa;
3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS;
4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS;
5) José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS
6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC;
7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix;
8) Newton Prado Júnior, da Engevix;
9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA;
10)Valdir Lima Carreiro, da IESA;
11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC;
12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC;
13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão;
14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão;
15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef;
16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef;
17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras;
18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;
19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista
Investigados que sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque
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