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A primeira diz que uma jovem nascida em Mogúnica na Alemanha, vestida de homem, foi levada por seu amante à Grécia, tendo ali adquirido grande erudição; posteriormente mudou-se para Roma onde exerceu o magistério e chegou ser eleita Papa em 885 com o nome de João Ânglico. Em sua caminhada, porém, de São Pedro a Latrão, morreu quando deu à luz um filho.
A segunda, conta que uma mulher vestida de homem tornou-se escrivã da Cúria Romana, sendo promovida a Cardeal e logo a seguida a Papa; conta que deu à luz quando andava a cavalo, tendo sido morta a pedradas pela população revoltada. Quanto ao ano de seu pontificado existem divergência sendo que alguns apontam que foi no ano de 1099 e outros que foi em 914.
Esta história mereceu credibilidade nos séculos XIV e XV tanto que chegou até a merecer um busto entre os papas em 1400 no domo de Sena. Tanto assim que no Concílio de Constança ninguém constestou o fato quando foi citado pelo herege João Huss.
O fato somente foi posto sob suspeita a partir do século XVI por considerar:
O fato somente foi posto sob suspeita a partir do século XVI por considerar:
1 - Vacilações e incertezas constantes das diversas versões (há mais que duas) principalmente no que se refere às datas dos pontificados;
2 - Estas lendas são totalmente ignoradas, até meados do século XIII pelos cronistas medievais;
3 - As listas, plenamente documentadas dos papas não oferece nenhuma lacuna onde se poderia inserir o reinado da dita papisa.
Qualquer uma dessas três considerações é suficiente para pôr em nocaute esta história da PAPISA JOANA.
Ver CLÉOFAS
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